21 de dezembro de 2007

Nossos olhos falantes



Demorei um pouco, mas estou de volta gente!

Hoje, mais para um desabafo , desses de coração apertado sabe, mas claro sempre com um filminho né.

O de hoje chama-se Moça com brinco de pérola (Girl With A Pearl Earing, Reino Unido/ Luxemburgo, 2003).


A história passa-se na Holanda do século 17, Griet(Scarlett Johansson) é uma camponesa que por motivos maiores acaba tendo que ir trabalhar como doméstica na casa de um renomado pintor, Johannes Vermeer (Colin Firth). A mocinha tem 17 anos, o pintor é casado , tem um bocado de filhos e ainda por cima agüenta a sogra em casa!


O cara é simplesmente apaixonado por pintura, com o tempo a garota começa a despertar nele um certo tipo de interesse, na verdade é aí que entra o título do nosso texto...


Vejam bem, Griet é pobre, não tem cultura nenhuma mas divide a mesma paixão que Johannes, a pintura! Ela vai se interessando pelo trabalho dele ao mesmo tempo em que se sente culpada por estar atraída pelo patrão, e ele passa pela mesma angústia! Se encanta por ela saber sobre pintura e admirar seus quadros, ajudando-o e dando palpites além de inpirá-lo, coisa que amulher dele não faz já que, pra ela os quadros são fonte de renda, e nada mais.


O filme em si é beeem parado, fotografias escuras, trilha muito suave , e a beleza está justamente nos olhos. Vocês podem até achar que isso é coisa de chato, mas vejam bem, o sentimento e a atração entre eles é tão forte, tão intensa que os dois não precisam de palavras pra se manifestarem, os olhos dizem tudo ( só de lembrar eu me arrepio!)


Ele não diz nada,mas pela maneira como ele a olha ela já se acanha toda e sabe que seu sentimento é correspondido, é tão forte que até a mulher dele saca a história e começa a trabalhar pra atrapalhar.


Daí eu me pergunto: Onde foi parar a sensibilidade de entender olhares? Será mesmo que hoje em dia pra se conseguir alguma coisa é só na base do " e aí, eu tô afim, e tu??"

Será que nossos olhos ficaram mudos, ou será que surdos e burros???


Me desculpem moçada, mas não há nada mais cativante que se declarar por meio de um olhar! Nada mais fantástico que sentir que alguém está em desespero tentando lhe dizer algo que palavras simplesmente não podem expressar!


Portanto fiquemos mais atentos à essas demonstrações, chega de tentarmos verbalizar tudo , afinal os olhos têm uma função a mais , além de apenas visualizar coisas concretas!


Ah, vejam esse filme e aprendam!


Confesso que, essa história toda é uma maneira de dizer que euzinha mesma me encontro nessa situação de desespero mas meus olhos talvez não falem a mesma língua que o receptor de minhas mensagens!


Um grande abraço, um natal sensacional e um 2008 repleto de olhares pra todos!


Leiloca.


crédito pra foto: http://www.cineclick.com.br/

27 de novembro de 2007

Uma aventura bem gelada .......


Lá vamos nós em mais uma estória. Dessa vez farei uma viagem ao maravilhoso mundo infantil, é isso mesmo que você leu!

Vida de estudante não é fácil, principalmente quando se trata da faculdade, quase não temos tempo pra nada, são textos pra ler, trabalhos pra fazer e sem contar nas infinitas provas.

Dia desses a professora Regina de Teoria e Prática de texto nos passou um trabalho pra fazer sobre filmes infantis, na verdade era para analisar o discurso dos filmes, já que estávamos estudando esse assunto.

Então pensei, vou falar sobre o meu trabalho, ou melhor, sobre o filme que resultou no trabalho.

O filme se passa há mais de 20 mil anos, na era pré-histórica. Nesse contexto iniciava-se a Era do Gelo, em que os animais começavam a migrar para o Sul, fugindo do congelamento.

Nesse cenário surge Manfred, um mamute enorme e solitário, que vai contra o fluxo de todos os outros animais. Ele continua seu caminho, e não tenta fugir da grande frente glacial que chegará à região.

É durante o começo de sua jornada que ele conhece Sid, um bicho preguiça pra lá de atrapalhado, e juntos encontram um bebê humano. A partir daí, surge à missão: devolver o bebê a sua família. Em meio a tudo isso aparece Diego, o tigre-dente-de-sabri, que foi encarregado pelo seu bando de seqüestrar a criança.

Antes dessa incrível jornada terminar, este diferente trio passa por lavas ferventes, escapam de traiçoeiros túneis de gelo e conhecem um pré-histórico esquilo chamado Scrat, uma criatura compulsiva por sua noz.

As vozes dos animais ficaram por conta de Diogo Vilela – Manny o mamute, Márcio Garcia – Diego tigre-dente-de-sabri, e Tadeu Mello emprestou sua voz para o hilariante bicho preguiça, a dublagem em nada diminuiu a animação, ou deixou a desejar, pelo contrário.

Ao longo da história os três tornam-se companheiros inseparáveis e apesar dos desafios e diferenças, juntos descobrem valores como família, gratidão, compaixão e amizade.

E pra quem gosta de animação A Era do Gelo tem continuação, novas e divertidas aventuras em A Era do Gelo 2.


Até a próxima.

24 de novembro de 2007

Acontece com todo mundo


E olha só o texto que uma conversa no messenger rendeu.

Há muito não falava com a minha amiga carinhosamente apelidada de Creck ( não vou entrar em detalhes) mas o assunto é, na última vez que nos falamos a vida dela estava lindamente estabilizada, bom emprego, bom namorado, relacionamento estável de 4 anos, perfeito entendimento essas coisas.Imaginem o meu choque quando hoje ela me diz que levou um pé do "homi" e dias depois foi demitida!!

Me diz se isso não é coisa de filme??? E por falar nisso, a pérola de hoje é dos idos de 1934 e chama-se Aconteceu naquela noite (It Happened One Night, EUA, 1934).

No filme Ellie Andrews (Claudette Colbert), uma jovem rica e mimada foge de casa para se casar com cara para o desgosto do pai, só que nessa fuga tudo de pior lhe acontece ( lhe roubam a mala com dinheiro e ela ainda tem que depender de um cara que aparentemente odeia) o cara em questão é um jornalista desempregado e malandro, Peter (Clark Gable), sensacional inclusive.

Não que a história da minha amiga tenha muito em comum com a da Ellie, mas as coincidências começam no processo que elas enfrentam depois das decepções.

No filme, a Ellie descobre um mundo novo ao lado do jornalista,a beleza na simplicidade e como não poderia deixar de ser, se apaixonha pelo "chavo". Mas o bacana é toda a transformação que ela passa, assim como a minha amiga.

Quando o mundo da Creck desmoronou, uma nova fase se iniciava, e eu exultei de alegria quando ela me disse que nem houve tempo pra deprê, que os amigos ( graaandes e salvadores amigos) a fizeram ver que agora seria bola pra frente né, afinal a fila anda .

No fim,pra cada situação horrorosa sempre tem algum momento lindo pra compensar. Vejam a Creck por exemplo, é uma nova mulher! Claro que há a saudade, mas o rio tem que continuar correndo né.

E a verdade é: amigos são essenciais pra nossa sobrevivência, o que seria da Creck por exemplo nesse momento dose , sem os amigos pra gritar pr ela que a vida é bela??

Seja você uma Ellie da vida ou uma simples Creck encare as decepções como motivos de risadas com os amigos mais tarde.

um abraço,





21 de novembro de 2007

Cada estrela tem seu brilho




O cotidiano da maioria dos paulistanos é retratado no filme A Via Láctea, Brasil, 2007, da diretora Lina Charmie, com Marco Ricca como Heitor e Alice Braga como Julia.

Ao contrário do filme O Passado, neste filme é o Homem que corre atrás da mulher, devido a uma briga por telefone após anos de namoro.

Heitor, um escritor e professor universitário é apaixonado por Julia, uma mulher bem mais nova que gosta de animais, de teatro, além de sair de balada para dançar como a maioria das jovens na sua idade.

O fato é que, Heitor sai com seu carro desesperadamente para encontrar Julia e conversar a respeito da relação desgastada entre os dois. Só que Heitor se depara com o trânsito infernal da cidade de São Paulo e praticamente fica impossível chegar ao encontro de Julia.

Quem mora na cidade se identifica muito porque é exatamente o que acontece no dia a dia daqueles que enfrentam os engarrafamentos nas ruas da Megalópole.

Preso no trânsito, Heitor fica pirado com alucinações e visões estranhas durante o trajeto. Ele pensa em hipóteses de fim e recomeço do romance, além de passar por situações estranhas e difíceis. Engraçado é que, quando estamos atrasados o trânsito se torna mais infernal, você não concorda?

No final você pergunta se tudo realmente aconteceu, e a analogia da Via Láctea(das estrelas) com o amor e o romance da história é entendido com o final do filme.

Agora é só conferir para realmente saber que fim que deu tudo isso.

Abraço.

MaRcELo BoCa DoS sAnToS

5 de novembro de 2007

Tão contrário de si ... já dizia Camões


"Tão contrário de si é o amor" Se eu disser que só saquei mesmo a profundidade dessa frase esses dias, vocês acreditam!?!?
Pois é, e como já é de praxe eu faço aqui a ligação dela com um filminho!
Há uns dois meses eu emprestei pra uma amiga o filme Orgulho e Preconceito ( Pride & Prejudice, Reino Unido 2005), no último sábado ela me devolveu e pra relembrar algumas coisas eu resolvi vê-lo novamente, só aquelas cenas né, as que a gente mais gosta e não se cansa de ver.

A história é essa, que acontece o tempo todo, duas pessoas que aparentemente se odeiam mas no fundo o sentimento é outro. Elizabeth Bennet ( Keira Knightley) é daquelas mocinhas independentes, mas vive numa época em que as mulheres são criadas pra casar e serem boas donas de casa. No caso dela, isso não funciona, não quer se casar, vive pros livros e é extremamente simpática e inteligente. Num belo dia, ela conhece o Mr. Darcy ( magistralmente interpretado pelo Matthew Macfadyen) e eis onde começa a nossa história.


A princípio ela o vê como o cara mais arrogante e orgulhoso da galáxia, e ele a vê como a mocinha mais atrevida do mundo. Nem preciso dizer que o filme é um show de diálogos bem construídos e belas tiradas. Os dois não podem se encontrar sem que haja um atrito, ele é o cara mais rico da região e ela tem uma mãe que venderia a alma para vê-la casada.


Gente do céu!!!!!!!! Num momento festa , o Mr. Darcy convida a Lizzie para dançar e ela solta essa: " Eu acabei de aceitar o convite do cara que jurei odiar eternamente?" E olha aí onde a frase de Camões se encaixa.

Não sei quanto a vocês, mas eu tenho uma ENORME inclinação a me interessar por caras que geralmente não são " meu número" , é sempre assim, a gente passa a vida dizendo o que não gosta nos homens e de repente se vê perdida por um fulano que mostra que o amor é a melhor coisa que existe pra nos contradizer!


Tem uma palavra que eu A-DO-RO pra descrever esses fulanos: encantador.

Me corrijam se eu estiver errada ( e não se esqueçam que digo isso baseada em toda a carga romântica que carrego, já disse sou dessas que ainda acredita em príncipe encantado) dá pra usar qualquer outra palavra pra descrever a pessoa que faz você voar, que tem os olhos mais lindos do universo, a voz que faz você tremer e te faz querer tirá-la de seus sonhos pra encher de beijinhos? Encantador se encaixa perfeitamente...


Depois que os dois do filme se tocam que estão apaixonados, começa um diálogo perfeito de olhares, até chegar uma cena em que já desesperado o Mr. Darcy diz a Lizzie " You have bewitched me, heart,body and soul, and I love you" ( você encantou minha mente, meu coração e meu corpo e eu te amo) me diz se isso não é de causar infarto fulminante!?


De novo eu recomendo, quem puder ler a obra de Jane Austen na qual o filme se baseia é melhor ainda, o filme leva o mesmo nome do livro.


Ai, no fim a gente sofre mas não há nada mais encantador que sentir-se encantada por alguém né, fazer o quê, é nossa sina.


Um abraço,

1 de novembro de 2007

O Ano em que meus pais saíram de férias







Um jovem de 12 anos, Mauro, se vê forçado à ir morar na casa do avô, por conta de férias de seus pais. O que ele ainda não sabe é que estão fugindo da ditadura militar, que abalou o país nas décadas de 60 e 70.




Quando chega à nova casa, após horas esperando, descobre que seu avô havia falecido naquela mesma tarde. Mauro então se vê sozinho, até que um velho judeu, Shlomo o acolhe e convida para viver em sua casa. O garoto vive então uma realidade de muito diferente da sua. Passa tardes sozinho na casa do senhor, não vai à escola e ainda sofre preconceito por não ser judeu. Quando isso pesa em sua personalidade sonhadora, ele decide então ir morar na casa de seu falecido avô e viver a vida da maneira que ele deseja: Passa dias de imaginação vivendo em um mundo paralelo onde não sai de casa para não perder nenhuma possível ligação ou notícias dos pais.



O filme é situado na época da copa de 70. Mauro é fanático por futebol. Grande parte de seu mundo de faz- de -conta e de seus sonhos relaciona-se à isso. Ele espera a data da copa ansiosamente, pelo futebol, mas principalmente por ser o dia em que seus pais "voltam de férias".



A percpção e a narração do filme ficam por conta do menino, sem dar muitas informações políticas ou sobre a ditadura em si. Ele mosta um olhar mais inocente e preocupado com o lado mais lúdico da história, mostrando o personagem principal sofrer por conta de algo que está fora de seus entedimentos.



Para dar mais realismo ao filme, moradores do bairro, judeus, italianos, foram chamados para atuar, dando assim autencidade à obra com direção eficaz de Cao Hamurguer.



O longa mostra altos e baixos do protagonista em sua vivência num bairro com tanta diversidade cultural, em seu mundo a parte, porém sempre esperando que acabe logo o ano em que seus pais sairam de férias.




Palavra de quem sabe




Valdir Baptista,coordenador e professor do curso de Rádio e TV da Universidade Anhembi Morumbi, além de ser mestre em Comunicação Semiótica (PUC) e doutorando em Cinema, Rádio e TV (USP) . Fala sobre suas preferências cinematográficas à equipe do Cineopse.




Cineopse: Quando começou a paixão pelo cinema?

Valdir Baptista: Gosto de cinema desde garoto, pela televisão e assistindo matinês (naquela época, havia cinemas de bairro com sessões duplas de domingo, chamadas matinês, dedicadas às crianças e aos adolescentes). Depois, aos 17 anos, comecei a freqüentar mostras de cinema.

Cineopse: Quais os seus gêneros prediletos, diretores e atores?

Valdir: Eu gosto de tudo, embora prefira o que chamam de “cinema de arte”, que alguns críticos de cinema consideram um “gênero” cinematográfico. Quanto a diretores, gosto mais dos antigos, que já morreram (Fritz Lang, Antonioni, Billy Wilder etc). Dos atuais, gosto muito de David Cronenberg e Quentin Tarantino).

Cineopse: Tem um filme do coração? Se sim, qual e por quê?

Valdir: Eu gosto de muitos filmes, mas não tenho um que considere especial.

Cineopse: Pra você, o que significa o cinema?

Valdir: O cinema é um meio de expressão que me agrada particularmente. Já trabalhei com cinema, escrevi crítica de filmes, fiz uma tese de mestrado sobre um filme, fiz o projeto de curso do curso de Cinema da Universidade Anhembi Morumbi... Enfim, tenho uma relação muito próxima tanto com o fazer cinematográfico e reflexão sobre os filmes. Leciono, inclusive, disciplinas correlatas ao cinema, o que me ajuda a ganhar o sustento. Logo, o cinema é uma parte importante da minha vida.

Cineopse: Como vê hoje o cinema nacional?

Valdir: O cinema nacional recebeu muitos investimentos nos últimos anos e, principalmente pelo apoio da Rede Globo, via Globo Filmes, reconquistou o público brasileiro. Essa é, na minha opinião, a grande novidade do cinema brasileiro.

Cineopse: Tem o costume de ver filmes independentes?

Valdir: Eu prefiro, em geral, os independentes, embora não tenha preconceito contra o “cinemão”.

Cineopse: Se pudesse trabalhar diretamente com cinema, em que parte atuaria? Direção, atuação, roteirização etc...

Valdir: Direção e roteiro são as áreas que mais me atraem.

Cineopse: E por fim , o que te chama mais atenção em um filme?

Valdir: O tema é o fator principal que me atrai num filme.


Crédito para a foto: Marcelo Boca

Shrek 4!

Para quem gosta de desenhos animados, sem dúvida simpatiza com a animação da Dreamworks, Shrek.

Após o sucesso da terceira edição do longa de animação, a empresa não pára no tempo e anuncia já o quarto título para maio de 2010.

O título do filme será "Shrek Goes Fourth", mas ainda não tem enredo definido, mas deve seguir a fórmula cômica e sempre muito bem trabalhada dos três primeiros filmes.

Além deste quarto título, a Dreamworks também lançará no fim deste ano "Shrek The Halls", que nada mais é do que um especial de natal da turma do pântano e será exibido no dia 28 de Novembro, na rede de televisão americana ABC. Ainda não há previsão para exibição no Brasil.

Além de ter o quarto filme do ogro mais famoso do mundo em sua agenda para 2010, a Dreamworks também anunciou a criação de um novo filme, este, que está previsto para o final do mesmo ano, trata da história de um super-herói que acidentalmente mata o seu arqui-rival.

O nome do novo longa de animação da Dreamworks será chamado de "Master Mind" e a idéia do filme foi comprada da "Red Hour Films" produtora do comediante Ben Stiller (Quem vai ficar com Mary, Entrando numa fria)

30 de outubro de 2007

Realidade



Vamos lá minha gente!

Lá estava eu, numa salinha de cinema acompanhando o novo trabalho do diretor ,argentino naturalizado brasileiro,Hector Babenco de título O Passado ( El Pasado, Argentina, 2007) quando de repente, não mais que de repente ouço alguém dizer " absurdo! uma mulher jamais faria isso!". Mas pra você não ficar perdido no comentário , deixe-me esclarecer umas coisas.

O Passado conta a história de Rimini ( Gael García Bernal) e Sofia ( Analía Couceyro), casados há 12 anos que estão em fase de separação. O casal sempre foi, para todos, um exemplo de que o casamento pode dar certo, até o momento "X" em que a separação se consuma, eles mudam de apartamento, começam a separação das coisas e etc...
Até aí nada novo, um ajuda o outro, ela acha apartamento para os dois e até marca dias de visitas diferentes pra não correrem o risco de se cruzarem, tudo aparentemente civilizado até o dia em que ele sai mesmo do antigo apartamento e começa a viver sua vida de solteiro.

Na primeira semana, ela liga, manda carta, tenta saber como ele está e não há resposta, ele se afunda no trabalho, e depois começa a se envolver com outras mulheres. Aí começa o drama de Sofia.
No início ela usa a família para chegar a ele, depois vai pessoalmente, tudo muito calmo, respeitando as regras de civilidade, mas aos poucos ela vai fazendo com que a vida pessoal de Rimini desmorone, rodeando e cercando de tal maneira que a única maneira de ser feliz será ao lado dela.

Eis a revolta da mocinha que estava no cinema, ela afirma piamente que uma mulher JAMAIS seria capaz de fazer as coisas que a Sofia fez ( pra saber vocês terão que assistir!) mas convenhamos, quem já se apaixonou sabe bem que não ficamos em nosso estado normal.
Ainda mas se o ser apaixonado em questão for uma mulher, aí meu amigo a situação é quase trágica! A Sofia se envolve de tal maneira na vida de Rimini depois de separados que ela é capaz de saber onde ele está e a que horas, sabe de todas as mulheres com as quais esle está se envolvendo e sempre aparece " por coincidência" nos mesmos lugares que ele.

Vamos lá mulherada, não vale mentir... quem é que aceitou um fora numa boa, ainda mais quando ainda há amor pelo autor do pé na bunda?

Tem uma frase muito interessante no filme, a Sofia chama o Rimini pra ajudá-la a separar as fotos e ele diz " Não posso, o passado não pode ser desfeito, ele é um bloco, não se pode separá-lo" e aí é ponto pra Sofia que durante o filme faz questão de sempre arrastar esse bloco e não o desfaz por nada.

É uma história madura, pode até ser que você nunca tenha feito nada de absurdo por um amor, (na verdade pra mim qualquer ato de agrado a pessoa amada é uma loucura de amor, menor ou maior escala) mas tenho certeza de que em algum momento do filme você vai se identificar com o casal.
Ah! Não sei se já mencionei mas o Gael ilumina a tela, lindo como nunca meninas!

um abraço.

Crédito para a foto: www.cineclick.com.br

25 de outubro de 2007


A Outra História Americana

(American History X)


O filme que não é tão recente (2001), retrata com realidade a intolerância racial. O que o torna tão atual é a facutalidade da sua temática.


Edward Norton interpreta com esplendor o personagem Derek Vinyard, líder de uma gangue que prega a supremacia racial branca, que é preso por assassinar brualmente dois negros. Quando é solto percebe que seu irmão mais novo está caminhando pela mesma trilha de ódio skinhead.


O Drama não retrata algo diferente do que vemos nas notícias ultimamente sobre violtentos crimes de gangues que não respeitam a humanidade do próximo.


Ele mostra a raiva em que jovens inseguros, frustrados e sem informação sofrem. Porém nos leva à reflexão quandouma pergunta é lançada para o protagonista ao final do filme: " Alguma coisa que você fez tornou sua vida melhor?"


Será que o ódio, a intolerância valem a pena?

A crítica é a voz do povo?

Muitos filmes que atingem bilheterias faraônicas são avaliados por críticos de cinema, como filmes ruins ou na média aceitáveis. No entanto como se distingue a visão do crítico da visão do povão, em relação à avaliação de um filme?

Claro que há muitas vertentes na educação e percepção de cada um, já que cada pessoa tem uma herança diferente no seu repertório de vida, condição social, e física também.

Na formação do indivíduo, a escolaridade influencia muito nas opiniões de cada um, mas além disso, a família, e creio eu, principalmente os amigos, são de suma importância quando se trata na formação do repertório cultural.

Um amigo meu que estudava publicidade na FAAP, disse que um professor criticava o filme Titanic, sendo este um clichê, consequentemente um filme ruim.
Os alunos questionaram o por quê da avaliação, sendo que o lucro do filme foi muito alto, e de que adiantaria você realizar um filme "mais intelectual" e não conseguir nem pagar as despesas?

Bem, eu como aluno de jornalismo, já sinto alguma diferença na minha visão de mundo através de algumas aulas em que se discuti qual a mensagem que um filme realmente quer te passar. Mensagens subliminares, e analogias com o cotidiano político e social passavam desapercebidos, mas agora entendo o enredo de um filme de uma forma diferenciada.

Acredito que quando conseguirmos obter uma educação de qualidade e ampliar a porcentagem dos estudados na sociedade, junto com amigos(estudados),mais pessoas sairão do censo comum, e realmente poderão assistir e entender melhor os filmes, principalmente aqueles do circuito alternativo, que muito tem a nos acrescentar.


MaRcELo BoCa DoS SaNToS

24 de outubro de 2007

Guerra nas estrelas

Muitas vezes filmes que já fizeram história perdem espaço frente aos grandes efeitos especiais e investimentos monstruosos que existem nas produções cinematográficas da atualidade. Mas existem filmes que conseguem unir um bom enredo com uma quantidade considerável de efeitos especiais.

Para mostrar que uma boa história pode conter efeitos especiais, temos a série Star Wars como exemplo. A série é uma das mais famosas do mundo, e tem, ao todo, seis episódios, mas o primeiro a ser lançado foi o quarto, em maio de 1977. Esta produção é considerada por todos como o início da "era blockbuster", porque o filme contava com grandes efeitos visuais e campanhas de merchandising. O mais curioso é que este filme só recebeu o subtítulo "Episódio IV - Uma Nova Esperança", em 1981, quando foi lançado o quinto episódio da série, denominado " O Império Contra-Ataca, isto porque o diretor, George Lucas, não acreditava que a história teria uma continuação.

O último episódio da série foi lançado em 1983, ele revela todos os segredos do grande vilão dos filmes, Darth Vader. Esta produção foi indicada à quatro Oscars no ano de 1984, levando uma estatueta, de melhores efeitos especiais.

Mas não parava por ai, os fãs precisavam saber da origem de tudo isso, como tudo se formou? Como Anakin foi parar do lado negro da força? Qual a origem do universo Star Wars afinal?

Os fãs ficaram sem um filme da série por muito tempo, porque apenas no ano de 1999 foi lançado o primeiro episódio da série, o começo do quebra-cabeça a ser montado.
Quem já havia assistido os três últimos filmes e assistiu o primeiro, queria muito mais respostas, e elas foram respondidas gradativamente, e, 2002, com o segundo episódio e o terceiro (e último) para fechar com chave de ouro a história que foi retratada em seis filmes, mas devido aos seus detalhes enigmáticos, sua história envolvente, estes seis episódios dariam um livro, mas porque não seis livros?

O Diabo veste Prada (The Devil Wears Prada)

O Diabo veste Prada

Para os amantes do mundo da moda recomendo este filme, que revela os bastidores e constatações de como são as coisas no glamuroso mundo fashion. O filme retrata a vida da editora chefe da revista Vogue americana, Anne Wintour, contado através das palavras de Lauren Weisberg, que trabalhou como sua assistente e é interpretada por Anne Hathaway.Andrea é recém-formada em jornalismo e consegue o seu primeiro emprego, justamente como assistente da terrível Miranda,vivida magnificamente por Meryl Streep. Alter-ego de Wintour e, no longa, Editora de moda da revista Runway, a mais importante de NY, Miranda é um misto de deusa da moda e diabo de chefe, conseguindo dar à personagem a devida altivez para quem ocupa seu importante cargo.O mundo de faz-de-conta e a tirania das editorias. Miranda é realmente o retrato-filmado de muitos editores, capazes de vender até a alma ao diabo para ter certas benesses. Uma troca de favores aqui, uma puxada de saco ali, e milhões de dólares gerados pela indústria da moda. É o espelho de pessoas que vivem de flashes e sorrisos mas que, na verdade, são diplomáticas e tolerantes, umas às outras. E só.
Andy, como Andrea é chamada, vai se adaptando ao estilo pouco gentil de Miranda, chegando até mesmo a mudar completamente seu visual, a fim de agradar a tal chefona. Ganhando a credibilidade da chefe, vai gradualmente se afastando dos amigos e do namorado ao misturar profissional e pessoal, mergulhando cada vez mais no mundo da moda. Tanta determinação leva a assistente a ignorar alguns dos seus princípios, como saber dar valor ás coisas simples da vida.O figurino com peças originais ficou por conta de Patrícia Field, que transforma a película em um verdadeiro desfile de moda, com roupas arrebatadas através do seu bom relacionamento com as principais marcas e estilistas do mundo. Ela consegue adaptar perfeitamente o visual das personagens, resultado da total autonomia concedida a ela pelo diretor, e da liberdade no relacionamento com os atores.Miranda dá um aula de análise crítica na cena em que explica à subalterna sobre a cor de um suéter que está usando até fazê-la entender o porquê, por mais que negue, está inserida e sendo influenciada por tendências ditadas pela moda. Sem saída, Andy veste a camisa e se assume interessada pelo assunto.

As medidas rigorosas exigidas para as modelos são subliminarmente desprezadas no filme, ao mostrar Miranda, chique e sofisticada, com seus quilinhos à mais. A crítica ao frívolo dia-a-dia fashion, na verdade, perpassam discretamente o roteiro. O filme conta, ainda, com uma minúscula participação de ninguém menos que a top brasileira Gisele Bündchen, linda como sempre mas nada demais.Mito ou verdade, se o diabo veste Prada, Armani, Dolce Gabbana, Dior, Valentino ou Louis Vuitton, não sabemos, mas a conclusão que chegamos é de que ele, além de endinheirado, dá um show de elegância.
O Diabo Veste Prada, é uma ótima comédia dramática, com a atuação impecável de Meryl Streep tornando-se, sem dúvida alguma, o ápice do filme. Ainda sendo um universo muito distante da maioria de nós, reles mortais, o filme faz com que vejamos a moda com outros olhos, onde o preço para desfrutar de tal ocupação é algo muito caro. Tão caro quanto um autêntico Gucci, aliás.

23 de outubro de 2007

Tropa de Elite

Tropa de Elite.

O roteiro do filme Tropa de Elite é baseado em depoimentos de pessoas que fazem ou fizeram parte do Batalhão de Operações Especiais, o chamado Bope ou, popularmente (e assustadoramente) conhecido como "Caveirão".


A história gira em torno do Capitão Nascimento, vivido de forma impecável por Wagner Moura (mais conhecido como Olavo, da novela Paraíso Tropical). Nascimento é o capitão da polícia especial do Rio de Janeiro, dita no filme como “melhor” do que o exército israelita. Através de sua experiência e ideais ele explica a função de sua organização, que seria "consertar os erros que a polícia normal faz", ainda que de forma pouco ortodoxa. Porém, essa não é a única base que ele se sustenta. Com um filho para nascer, o capitão precisa encontrar um substituto para o cargo - é ai que aparece os aspirantes Neto (Caio Junqueira) e André Matias (André Ramiro), dois jovens policiais que têm como objetivo fazer a coisa certa dentro da polícia. Em meio à selva assustadora da controversa cidade maravilhosa, a trama desenvolve sua crítica de maneira nada sutil, jogando diante de todos uma ficção muito próxima da realidade. Segundo o diretor José Padilha, na verdade, Tropa de Elite é o retrato fiel da atuação do BOPE, enquanto o roteirista e ex-capitão do batalhão, Rodrigo Pimentel, prefere acreditar que nem tudo é o que parece.
Afinal de contas de quem é a culpa por essa situação? Esta e outras perguntas são induzidas pelo roteiro e deixam que o espectador tire suas próprias conclusões, através das seqüências de cenas fortes mostradas durante todo o filme.


Padilha relaciona a vida desses três homens distintos entregando não só a indecência criminal do Estado, como também dissecando a corrente de corrupção. Tropa de Elite tem excelentes cenas de ação e um excitante repertório de músicas, mostrando como o cinema brasileiro está evoluindo, graças à profissionais como os que estão por trás desta película. Ainda assim, o Oscar continua sendo apenas um sonho, já que o filme não passou pelos votos da comissão julgadora por conter cenas de tortura. Contudo, a repercussão e as controvérsias do tema abordado afetaram e continuam afetando incansáveis críticas, além de levar mais de um milhão de espectadores às salas de cinema de todo o país, mesmo depois da polêmica pirataria que sofreu, antes de sua estréia oficial, mas que, diga-se, não ofuscou seu brilho nas telonas.

22 de outubro de 2007

São Paulo MOSTRA pela 31ª vez

O circuito alternativo apresenta desde sexta feira(19), pela 31ª vez, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com uma seleção com 377 longas, 67 curtas e 24 médias em 20 salas, sendo 5 delas de graça.

A Mostra é uma ótima oportunidade de sair do censo comum e curtir a diversidade nas produções de 77 países, ampliar seus horizontes culturais, conhecimentos técnicos, e contemplar visões de mundo que jamais você veria no circuito comum e muito menos nos canais da sua televisão.

Além do melhor da produção de diretores veteranos, conta também com diretores estreantes, alguns já no seu segundo longa-metragem, no qual concorrem ao Troféu Bandeira Paulista. O convidado de honra deste ano é o francês Claude Lelouch, que além do seu último filme Crimes de Autor, ganhará uma retrospectiva.

Nas sessões especias, a dica é conferir um filme experimental que é mudo. Isso mesmo, é mudo, com a sonoplastia executada ao vivo. Estou falando de Brand Upon the Brain, de Guy Maddin. Confesso que estou curioso para verificar a experiência.

O Brasil representa a Mostra com 49 produções com os inéditos A Casa de Alice, Estômago e o vencedor do Festival do Rio, Mutum. José Mojica Marins(Zé do Caixão), representa o país com o relançamento de À Meia-noite Levarei sua Alma e Esta Noite Encarnarei no seu Cadáver.

Neste ano ocorrerá lançamentos de livros, debates, oficinas de cinema, dentre outras atrações especiais.

Você tem até 1º de novembro para criar coragem e sair da toca para aumentar seu repertório cultural e ter o que realmente discutir na mesa do bar.


MaRcELo BoCa DoS sAnToS

Fonte:
www.estadao.com.br/e/mostra

http://www2.uol.com.br/mostra/31/p_home.shtml

19 de outubro de 2007

Aos românticos de plantão I


Esse post é dedicado aos românticos de plantão, aqueles que não desistem nunca e que apesar de tudo ainda sonham com um príncipe ou princesa encantada.

O filme de hoje vai deixar um gancho para o próximo post já que a história só termina no segundo filme. O romance chama-se Antes do Amanhecer ( Before Sunrise, EUA / Áustria, 1995).

Um estudante americano Jesse (Ethan Hawke) está no final de sua viagem pela Europa, entra num trem para Viena e conhece a parisiense Celine ( Julie Delpy). São dois jovens,começam a conversar, conversar quando então Jesse tem um surto e a convida para descer em Viena e passarem um dia inteiro juntos. A primeira vista o convite parece loucura, mas Celine aceita e os dois têm um experiência única , ao mesmo tempo que conhecem a cidade, conhecem um ao outro e se apaixonam.
Eis o trunfo da história, eles só têm 14 horas, pois Jesse tem que pegar o avião de volta aos Estados Unidos e Celine precisa voltar para França, é aí que essa história de amor se diferencia.

O diretor Richard Linklater cria uma história madura, que fala à diferentes públicos, as belas paisagens de Viena encantam e os diálogos entre os personagens são o ponto alto do filme. A sensação que temos é que, os dois foram filmados num dia comum, como se não seguissem roteiro, como se as falas fossem naturais, as sensações e as emoções transmitidas fossem reais e não obra de ficção.
A gente acompanha o crescimento desse sentimento, como os personagens muda´m até certo ponto em que a gente se desespera e se apaixona também, uma delícia de viagem!

É aquele tipo de história " eu queria que acontecesse comigo" , uma história possível de acontecer, afinal qualquer um pode estar num trem e ser convidado a descer por ,alguém interessante, certo?

Enfim, pra quem já se cansou de romances previsíveis, esse é super indicado e garanto 100% de aprovação de meus colegas, sim esses mesmos, os românticos incuráveis.

Até a próxima,
Leila.

crédito para a foto: www.cineclick.com.br

Aos românticos de plantão II


Vamos continuar o assunto do post anterior, não poderia deixar passar muito tempo né, ou perderíamos o fio da meada. Tudo bem que ainda não deu tempo pra ver o filme comentado, mas acho até mais legal verem os dois de uma vez só, seguidinha ( eu fiz isso e recomendo!)

Como eu dizia no outro post, a história de Jesse e Celine só terminaria no segundo filme o Antes do pôr-do-sol ( Before Sunset, EUA, 2004). O mais sensacional é que o diretor Richard Linklater reuniu,9 anos depois,os mesmos personagens, pra continuar uma história começada em 1995, lá naquele trem em Viena, lembra?
Pois bem, eles agora estão mais velhos, ela trabalha numa organização em defesa do meio ambiente e ele é escritor ( por ironia escreveu um livro contando a história deles!).

É impressionante como, com apenas 2 personagens a história prenda tanto a gente, desperta um turbilhão de emoções e agora, 9 anos depois, a gente envelhece com eles, as sensações são outras , há aquela agonia de coisas ditas com os olhos e tudo o que uma história de amor super madura e provável pode oferecer.

Ponto para a boa mão do diretor, e para os atores também que nesse segundo filme não só atuaram mas colocaram seus dedinhos no roteiro,nos presenteando com diálogos deliciosos e faz até a gente pensar um pouco nas nossas relações.

Por exemplo, quem nunca teve o ímpeto de falar pra alguém ( de preferência se esse alguém é visto todos os dias, no mesmo horário e local ,ônibus, padaria, fila de banco etc...) o quanto a pessoa é bonita, ou interessante e por aí vai ?
Sabe-se lá se esse fulano ou fulana não faria parte de sua história se a vergonha ou as regras de etiqueta não tivessem lhe impedido de dizer o que queria.

Se é pra tirar lição desse filme a minha é a seguinte: Cada oportunidade é única! Ainda mais em se tratando de "cosas del corazón" não há regras caros apaixonados, não há manual de conduta ou passo a passo da conquista. Por mais louca que a situação pareça... quem está na chuva é pra se molhar né, mesmo que isso signifique descer em Viena!

um abraço,
Leila

Crédito para a foto: www.cineclick.com.br


9 de outubro de 2007

A primeira de muitas!


E vamos partir para nossa primeira postagem!

No meio de tantos filmes de ação , romances e musicais que tomaram conta do cinema nos últimos dois meses, nossa primeira postagem é sobre um pérola de locadora! Sim meus caros, ainda há pessoas que procuram diversão nas últimas e empoeiradas prateleiras de catálogos das locadoras!

A pérola é chamada de "O último beijo" (L'Ultimo Bacio, Itália, 2001).

Um quase trintão Carlo ( Stefano Accorsi), depois de muitos anos de namoro decide casar-se com a bela Giulia (Giovanna Mezzogiorno) quando ela anuncia a gravidez. Na vida tá mesmo tudo indo bem, ele tem uma bela mulher, um emprego bacana e amigos de infância. É nesse cenário " minha vida é uma beleza" que ele conhece uma jovem de 18 anos com quem flertou numa festa , daí os problemas começam...

Ao mesmo tempo que o filme mostra o dilema de Carlo , as dúvidas, a tendência a não resistir às tentações e etc... paralelamente acompanhamos a história dos amigos dele, Adriano, Paolo e Alberto que também encaram a difícil tarefa de se tornarem homens!

E eis o que faz do filme um achado! Esse olhar sensível sobre a tão pouco discutida ( ao menos no cinema) transição dos meninos para a fase adulta, as dúvidas, o medo, as bobagens que dizem e fazem , o verdadeiro pavor em deixar a confortável posição de menino para se tornam um homem, deixar o eterno Peter Pan para crescer e com isso assumir as responsabilidades que o crescimento acarreta.

O filme é dirigido pela diretora Gabriele Muccino que tem o recente " A procura da Felicidade" no currículo.

Enfim, recomendadíssimo pra quem já cansou de ver os dilemas femininos do crescimento ,acha que homem não passa por isso ou que pra eles é mais fácil.

Até a próxima.
Crédito para a foto: www.cineclick.com.br