28 de novembro de 2010

RED - Aposentados e Perigosos

Panela "véia" é que faz comida boa já diziam os violeiros de plantão. Verdade, muito verdade. Diversão do início ao fim. Esse é RED - Aposentados e Perigosos (Red, 2010) que traz como protagonista Bruce Willis. Frank Moses (Bruce Willis) é um agente aposentado da CIA que leva uma vida sossegada, seguindo uma rotina meticulosamente definida e curtindo um namorico via telefone com a mocinha do seguro, a ótima Mary-Louise Parker.

Um belo dia nosso charmosão (e bota charmosão nisso minha gente) protagonista é surpreendido por assassinos em sua casa. A partir daí tem início uma caçada implacável desses agentes por Frank Moses. A ordem? Acabem logo com ele.

Entre tentar descobrir quem está port trás dessa ordem e a razão pela qual ele é o alvo, Frank vai atrás de seu antigo time dos tempos da CIA. Morgan Freeman, John Malkovich (hilário) e Helen Mirren (lindíssima) voltam ao campo depois de muitos anos para sentir a adrenalina e evitar que eles mesmso sejam mortos, já que também estão na lista da CIA.

O que se tem são situações hilárias e até mesmo absurdas. Se o intuito é diversão essa é a pedida certa, sem erro. O filme é a adaptação da HQ de Warren Ellis e Cully Hamner e tem tudo o que um filme de ação precisa ter: muitos tiros, perseguições, um time fantástico que lidera a ação e diálogos interessantes.

John Malkovich está sensacional como um agente neurótico que foi cobaia do governo por anos, Helen Mirren traz todo seu charme aristocrático para a matadora que hoje planta belas flores e Morgan Freeman diverte como o "velhinho" safado e quase imortal.

O longa ganha cara de história em quadrinhos por da estética fiel com cortes ágeis, enquadramentos elaborados e situações de ação que beiram o impossível.Com todo o elenco em excelente momento, o sarcasmo inteligente da produção tem direito a irônicas referências à era da Guerra Fria também. E o que quer dizer a sigla do filme? RED - Retired, extremely dangerous.

E, se mesmo assim cara colega (agora é de mulher pra mulher) ,você achar que não vale a pena o ingresso e que tiros são coisas de meninos, vou lhe dar um ótimo motivo para correr para a sala mais próxima e garantir seu lugar: Bruce Willis. Garanto que suspiros não faltarão pois o veterano careca está mais charmoso que nunca.

Não sei por que mas eu passei a maior parte do filme com calor... vai ver o ar estava com defeito né (rs!)

beijos.


20 de novembro de 2010

Atividade paranormal 2

Tem horas que eu me revolto com a síndrome da parte dois. Tem filmes que simplesmente não devem ter parte 2. não tem de onde tirar, não tem razão pra furar a história buscando ganchos pra sequência, não tem!! Não tem!!!!
Maldito capitalismo no mundo cinematográfico viu.

Enfim, semana passada tinha tudo pra dar certo. Cinema com amigos na expectativa de um filme de terror com sustos garantidos. Turma boa, cinema bom, só o filme não era. Atividade Paranormal 2 (Paranormal Activity 2, EUA 2010) já carrega no nome vários motivos pra gente ver, afinal o primeiro filme, de 2007, é incrível. Simples, mas assustador. Cumpre bem seu papel. Já o dois....

É como se fosse o início de tudo, tipo "onde tudo começou". Micah (Micah Sloat) e Katie (Katie Featherston) tentam ajudar a irmã dela que teve a casa assaltada. Nesse meio tempo descobrem que a casa ,na verdade, está assombrada por entidades malígnas. Câmera na mão e vamos descobrir a razão da bagunça. O filme se passa antes da morte de Micah (que foi no primeiro filme, se você não viu, me desculpe) e conta como a situação chegou ao ponte que chegou.

O problema é que o primeiro filme foi completo. Não havia nada deixado pra ser explicado numa sequência. O segundo busca ganchos estranhos pra justificar as ações. Na boa, não vi sentido algum para um segundo filme. Tem coisas mostradas lá que não me remeteram ao primeiro filme, fica a sensação de que criaram mistérios pra fazer o segundo filme ter sentido. E esses mistérios criados são estranhamente ligados ao primeiro longa, chega uma hora que tudo vira um bolo só e nada faz mais sentido.

Ou seja, toda a ótima sacada do primeiro perde a graça e é anulada pelo segundo longa. Se você não viu não perca tempo, é frustrante. Uma das graças do primeiro filme era se deixar levar pelo ambiente (câmera caseira, ambiente familiar) e levar vários sustos, viver a história do casal de verdade. No segundo os tempos já estão manjados, a lance da câmera que corre com o relógio já está óbvio e as várias tomadas seguidas onde nada acontece cansa o espectador.

É claro, você é pego de surpresa vez ou outra (afinal é um filme de terror) mas Atividade Paranormal 2, fica devendo aos fãs do primeiro filme. A apreensão é por conta da criança, que estrela o segundo longa. E só.

Enfim, se a intenção é se apavorar escolha outro título ou vá até a locadora mais próxima e pegue o longa de 2007. Na boa, se eu fosse o Oren Peli (diretor do primeiro filme) colocaria o nome de Tod Williams (do segundo) na boca do sapo.

beijos