23 de dezembro de 2008

Um dia de fúria

Hoje eu preciso desabafar! Sim, é isso mesmo caro leitor .
No último fim de semana aconteceram algumas coisas que me deixaram bastante indignada.

1) Ligações de falsos seqüestradores continuam acontecendo. É isso mesmo, aquele povo que liga pedindo crédito para celular, dizendo estar com um parente seu como refém, ameaçando matar a qualquer momento, continua atormentando a paz dos cidadãos brasileiros. O que me abala é o fato de que os celulares continuam sendo usados nos presídios por esses marginais.

2) Você já comprou um produto nas Lojas Americanas e solicitou nota fiscal? Pois é, no momento da compra eles emitem apenas o cupom fiscal, impresso naquele papel que após duas semanas some tudo. Caso você queira a nota (direito do consumidor), precisa deixar seus dados com um colaborador que enviará para a Central “Americanas” e, após 15 dias, o estabelecimento entrará em contato para que o consumidor retire a nota na loja onde a compra foi efetuada. Como comprei um produto que tem garantia de um ano, terei que retornar, pois só com a nota fiscal poderei comprovar a data da compra, caso o objeto adquirido apresente algum defeito. No meu ver um procedimento nada prático e respeitoso.

3) No sábado fui ao show da Madonna, mas minha reclamação não é em relação ao show, mas aos cambistas que compraram milhões de ingressos e no dia venderam a preço de banana. Me senti bastante idiota por ter perdido algumas horas no telefone com a Ticket For Fun, ter pago um preço altíssimo pelo ingresso e não conseguir comprar Pista (local onde gostaria de ter assistido o show) e perceber que qualquer 30 reais me colocariam naquele Estádio em um bom lugar.

O que tudo isso tem a ver com filme?
Diretamente nada. Porém lembrei que há muitos anos assisti Um dia de Fúria (Falling Down/Estados Unidos/1993), com Michael Douglas. O filme conta a história de um desempregado, que revoltado com o mundo, vai ao encontro da ex-mulher e da filha e elimina qualquer pessoa que cruze o seu caminho.
É óbvio que uma pessoa normal não agiria de forma tão violenta, mas atire a primeira pedra aquele que em um momento de fúria não teve vontade de eliminar algo que estivesse realmente incomodando.

28 de outubro de 2008

Juno, Juno e Juno


Não sei você leitor do blog, mas eu, já não sou adolescente faz tempo. Porém, me recordo com riqueza de detalhes de muitas fases desta época e tenho que assumir que por vezes tenho vontade de voltar atrás, não para mudar nada, pelo contrário, pra reviver novamente todas as emoções.

Sou intensa e até um pouco desequilibrada, mesmo passando dos 20 e alguns, imaginem naquela época. Pra mim ou tudo era um mar de rosas ou era uma dor que não tem fim. O amor então nem se fala. Cada drama, choradeira, desespero, e no momento seguinte a pessoa mais feliz do mundo, realizada e segura. Só de pensar já começo a rir.

Pois bem, a fase já passou, mas quando assisti o filme Juno (Jason Reitman -EUA/Canadá/Hungria-2007), senti uma incontrolável vontade de voltar a ser adolescente. O filme conta a história de Juno MacGuff (Ellen Page), uma jovem de 16 anos super convicta de suas atitudes, que engravida inesperadamente do seu colega de classe Bleeker (Michael Cera), com quem transou apenas uma vez. Com a ajuda da sua melhor amiga Leah (Olívia Thirlby) a garota resolver procurar um casal perfeito para doar o seu filho. Ela conhece Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman), um casal em boas condições financeiras que deseja adotar uma criança.

O marido de Vanessa é um compositor de jingles que curte bandas como Melvins e Sonic Youth. A música o aproxima de Juno, que gosta do estilo dele. Após essa aproximação, a garota percebe que aquele casal, teoricamente perfeito, tem problemas e o expectador tem a impressão de que em algum momento a adolescente se envolverá com Mark e a história terá outro rumo. Adianto que isso não acontece, apesar das inúmeras surpresas.

O filme tem trilha sonora indie muito boa, que combina com o astral moderninho da história. O roteiro, escrito pela ex-stripper Diablo Cody, trabalha temas sérios, como a gravidez na adolescência, com humor que chega a ser sarcástico, afinal, como alguém toma a decisão de doar um bebê de forma tão objetiva e simples. Mas mostra também o lado sensível e encantador da juventude, inclusive da garota que só quer resolver seus problemas.

Posso definir Juno como encantador, e afirmo que não só eu, mas muitas pessoas legais que assistiram disseram ter vontade de abraçar alguém no término da sessão. Acho que o espírito jovem, as lembranças da época, e a vontade de ser feliz nos envolve. Tire sua conclusão!

17 de outubro de 2008

Mamma Mia! Here I go again!

Está pra nascer um ser que nunca tenha ouvido uma canção sequer do grupo sueco ABBA.
E quem diz que nunca ouviu, mente.

Pra vocês ,que como eu, amam de paixão hits como Dancing Queen, Mamma mia e a ícone dos corações partidos The winner takes it all aí vai a dica:
Mamma Mia ! ( Mamma Mia!, EUA/ Reino Unido, 2008 )
Além da música e do clima nostálgico ( até pra quem não acompanhou o ABBA em seus dias de glória mas curte assim mesmo) o filme ainda traz um elenco de primeira, divertidíssimos, lindíssimos, afinadíssimos e merecedores de muitos outros superlativos.

É a história de Donna ( Meryl Streep) que mora com a filha em uma belíssima ilha na Grécia ( que cenário hein!). A menina Sophie ( Amanda Seyfried) está prestes a se casar,e para enfrentar essa barra a mamis chama duas amigas de juventude( Julie Walters e Christine Baranski) que com ela formavam um trio chamado Donna and the Dynamos.
A história se baseia no fato de Sophie não saber quem é eu pai, nas vésperas do casório encontra a agenda da sua mãe com os três possíveis papais.
Detalhe: a moça está muitísimo bem servida de pais , imaginem só Pierce Brosnan ( UAU!), Colin Firth ( ai meu Deus!) e Stelan Skarsgård ( uótemo!!).

Em meio ao belo cenário e as inesquecíveis canções, a história é contada de um jeito divertido e leve , criando um ar de "de volta ao passado".
O filme tem cara de trilha sonora da vida sabe, há músicas que se encaixam perfeitamente em cada momento , alegria, tristeza, amigos, amores e por aí vai.
Nem preciso dizer que é impagável ver esse time de estrelas completamente cômicos, cantando, dançando, fazendo caras e bocas e usando umas roupinhas .... meu amigo rs rs rs rs.
O filme já faturou mais da metade de seu orçamento no fim de semana de estréia e ver uma atriz do calibre de Meryl Streep habituada à papéis densos , pulanda feito criança em cima da cama, não tem preço!

Quando eu fui ver , o cinema inteiro cantava ( é inevitável) e só dava pézinhos se movendo embaixo do banco. Não deveria mas PRECISO comentar o momento Pierce Brosnan de camisa aberta cantando na chuva!! O que é aquilo??? Engraçado foi que estávamos eu e minha amiga Vanessa vendo o filme, nesse momento crucial de nossas vidas eu e ela ficamos boquiabertas e para interromper esse nosso surto só mesmo o barulho dos M&M´s rolando pelo chão ( sim no desespero característico de duas loucas, derrubamos metade de um pacote master desse docinho). Por aí vocês podem ter uma base do efeito dessa cena em nós.

Estudos comprovam: ABBA rejuvenesce sim! Vocês vão ver, a minha amiga Meryl que já chegou aos 6.0 ( e põe pontinhos nisso) parecendo ter 20 aninhos!!

Destaque para as amigas de Donna, hilárias!

Enfim , filme pra ver com as amigas ( diversão garantida) com os amigos, namorados, casos ...indicado para qualquer situação!

E mamma mia, here I go again!!

beijos

22 de setembro de 2008

O destino pode ser fabuloso!



Olá pessoal. Após uma temporadinha sem post, olha eu aqui.
Pois bem, os motivos deste post são bem justos:
1º vou falar sobre o “Fabulo Destino de Amélie Poulain”
2º escolhi esse filme para homenagear minha amiga Leila, que completou algumas primaveras ontem.

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain, 2001, França), está na minha lista TOP 5, sem dúvida nenhuma. A fábula conta com a excelente atuação da bela Audrey Tautou, que interpreta Amélie, uma jovem com vinte e poucos anos, que mora em um antigo apartamento em Paris e trabalha em um café. Amélie teve uma infância conturbada, sua mãe faleceu, seu pai era um médico extremamente frio e ela viveu bastante isolada.

Em um certo dia Amélie descobre por acaso uma caixinha antiga com pertences pessoais no azulejo da parede do seu banheiro, e resolve procurar pelo dono da relíquia. Após incessante busca ela consegue devolver o pertence ao antigo dono, que fica emocionado com o objeto. Neste momento o filme tem início, pois é a partir desta situação que Amélie passa a “aprontar” e apreciar ainda mais os pequenos prazeres da vida, ajudando pessoas, indiretamente.

Com gestos bonitinhos e misteriosos (atenção para a cena da capa do Zorro) a pessoa que ela mais beneficia é ela. Amelie não tem um amor, e suas relações foram frustrantes, eis que alguém especial aparece, mas ela nem ao menos sabe se essa pessoa é realmente especial, porém acredita muito nisso. É aí que entra a minha homenagem a Leila, que também é uma pessoa que acredita no amor a moda antiga, que tem um bom coração e talvez ajude indiretamente muitas pessoas, com suas histórias engraçadas e seu jeitinho meigo (vide joinha, *rs).

A trama é muito bem contada e as cenas vão ganhando sentindo com o decorrer do filme. Elementos surreais também aparecem, como um abajur em forma de porco que conversa com a protagonista. As armações que ela faz chegam a ser infantis, mas no final sempre acabam bem e você tem a sensação de que pode fazer algo pelo bem do próximo, nem que seja um abraço em um desconhecido. O que contribui para toda essa “aura” bonitinha é a bela fotografia, trilha sonora, e cores. Sim, eu disse cores, pois o filme trabalha muito com verde, vermelho e toque de azul, fique atento (a), no making off do DVD tem explicação sobre o assunto.

Dirigido por Jean-Pierre Jeunet, que também produziu Alien - A Ressurreição (dá pra acreditar?), Amelie agrada todos os que têm um bom coração, acreditam em sonhos e não desistem de viver pequenos prazeres diários, mesmo que seja comer torrada com nutella assistindo algo inútil na tv (puts, acabei de revelar um dos meus pequenos prazeres)

Beijos,
Bruna

3 de setembro de 2008

Cold Mountain


Segundas chances...

Será que as merecemos ou não importa o que façamos, sempre as teremos?

Pois é, o filme Cold Mountain (Cold Mountain, EUA/ Romênia, 2003) me fez pensar nisso.
É claro que o filme aborda diversos assuntos, romance, guerra, amizade, enfim, um infinidade de coisas que estão presentes em nossas vidas, mas o assunto hoje é mesmo sobre a tal segunda chance.

O filme acompanha a história de Ada (Nicole Kidman) , filha de um pastor que vai para a vila de Cold Mountain dirigir uma congregação. Ada é linda ( claro né) moça da cidade, habituada aos luxos etc. Quando chega à vila rapidamente desperta a curiosidade de todos. A mulher é a personificação da beleza e delicadeza. Numa dessas conhece um rapaz chamado Inman (Jude Law), simples, operário que mais tarde é convocado para a guerra. A atração entre os dois é instantânea e forte mas por conta das regras sociais, o sempre presente " ai, o que vão pensar de mim?" e mais um monte de baboseiras eles resistem aos apelos do coração e demoram décadas pra assumirem pra si mesmos que se adoram. Enfim, o moço vai pra guerra e o filme vai narrando diversas etapas dessa história, de um lado a jornada do soldado de volta à terra e aos braços da mulher amada, do outro a moça que fica por lá e tem que aprender a se virar,afinal a guerra muda tudo e nada mais é fácil, não importa se você é a Nicole Kidman ou a Leila.

Vamos então a primeira parte das "segundas chances" . Parei pra pensar , imaginei quantas vezes a Ada se arrependeu por ter demorado tanto pra abraçar o Inman e dizer que o amava. Na certa muitas vezes já que quando resolveram fazer isso já era tarde, logo depois ele foi pro front. Quantas vezes ela não desejou mandar as convenções sociais às favas, deixar de se importar com os outros e viver a vida dela?
Nesse meio tempo, chega à vila uma moça chamada Ruby (Renée Zellweger) , que é o oposto da Ada e por isso a sintonia entre as duas é perfeita. Sozinhas na fazenda, se tornam amigas e enquanto Ada espera por Inman, Ruby espera uma segunda chance, da vida. Explico: cresceu sozinha, foi abandonada pelo pai centenas de vezes e aprendeu a se virar, a marca dela é esse rancor que carrega do pai.

Num momento "X" do filme elas têm uma á outra apenas, sem grande amor, sem pai, sem perspectivas, sem sonhos, sem dinheiro enfim.. falta tudo , menos a força que elas dão uma pra outra.

Eu ainda não formei uma opinião sobre a tal segunda chance, só sei que tenho pensado muito nisso depois desse filme e de certos acontecimentos.
A Ada teve sua segunda chance com o Inman ( não adianta reclamar, é filme gente), ele volta e recupera o tempo perdido. A Ruby descobre que seu pai também merece uma segunda chance, e a vida resolve agraciar ( ou o diretor quem sabe né) a nossa Ruby com uma segunda chance também.

Afinal, recebemos por merecer, conquistamos uma segunda chance ou já estamos fadados a recebê-la não importa o que aconteça?

Recentemente perdi uma amiga, de forma trágica. Foram sonhos interrompidos, convites que ficaram sem resposta, projetos e chances desperdiçadas. Daí você faz uma lista de tudo o que deixou de fazer por medo, vergonha, receio, falta de tempo, preguiça e mais milhões de fatores. E se eu não tiver uma segunda chance??? E se quando resolver agir for tarde demais? E se a segunda chance estiver na minha cara e eu não agarrar por falta de coragem? terei uma terceira, quarta , quinta e etc.?

Vamos reavaliar gente, o problema é que pensamos nisso só nas horas de desespero, quando algo acontece, quando sentimos medo de não conseguir. Daqui uma semana o pensamento se dissipou e lá estamos nós, fazendo tudo errado novamente.

Minha amiga Thaís Torres não vai ter uma segunda chance. Seus amigos não terão outra chance de dizer que a amam, de abraçá-la , de rir com ela e fazer mais um monte de coisas. Você está lendo isso agora, você está aqui, as chances estão a todo momento trompando em você, abra os olhos!

Não deixe o Inman ir pra longe pra depois sentir falta dele, a hora é agora!

O filme é sensacional, fotografia linda, atuações tocantes e história sensível. Vale a pena ver.

Você decide então se vale ou não a pena aproveitar as segundas chances.

beijo

22 de agosto de 2008

A Grande Miss Sunshine

Esta semana estávamos eu e Leila fofocando um pouco por telefone sobre filmes. Apesar de trabalharmos na mesma empresa, em salas coladas, nos cruzamos no máximo uma ou duas vezes por dia (isso é o que eu chamo de mundo corporativo).

Contei minha pretensão de escrever sobre o filme Closer, que eu tinha revisto recentemente (post abaixo) e ela disse que escreveria sobre Pequena Miss Sunshine, na hora que ouvi isso, me sobressaltei:

- Como assim você vai escrever sozinha sobre esse filme. Eu o assisti duas vezes só no cinema e mais umas três em casa, eu adoro a Miss Sunshine.

Após o meu surto, concluímos que valeria a pena escrever em parceria, o que eu particularmente adorei.

Eu classifico Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine/EUA/2006) como uma comédia com pitadas de drama. Os protagonistas fazem parte da família Hoover, composta por seis pessoas, que residem no Novo México, e tem como grande destaque a pequena Olive, uma garota de nove anos, interpretada por Abigail Breslin. O restante da família é composto por Sheryl (Toni Collete), mãe sensível que trabalha fora e tenta cuidar da casa, Richard (Greg Kinnear) pai sonhador que acredita ter escrito o melhor livro de auto-ajuda dos últimos tempos, Dawyne (Paul Dano), irmão da Olive que faz voto de silêncio, Frank (Steve Carrel), irmão de Sheryl depressivo e suicida, e por fim o senhor Edwin (Alan Arkin), pai de Richard, mora com a família por ter sido expulso de um asilo.

Tudo começa quando Olive recebe um telefonema com um convite para participar do disputado concurso da Califórnia, nomeado Pequena Miss Sunshine. Olive se empolga e decide que quer participar do concurso. A família não tem dinheiro para gastar com uma viagem de avião então decidem ir de carro, porém o veículo da Sheryl é muito pequeno e a única alternativa é utilizar a Kombi velha e amarela da família que só o pai consegue dirigir. O avô precisa acompanhar a neta pois criou a coreografia (um show a parte) que ela vai encenar no concurso, o jovem Dawyne não pode ficar só em casa e o tio corre o risco de tentar se suicidar novamente, logo toda a família cai na estrada.

Muitas são as trapalhadas que esse grupo apronta. Pra vocês entenderem um pouco, em uma das cenas cada um está tão preocupado com os seus problemas que esquecem a Olive em um posto de gasolina, enquanto a garota ensaiava sua secreta coreografia com o seu inseparável walk-man. Pequena Miss Sunshine não é uma comédia boba de uma família que transforma tudo em diversão. Pelo contrário, eles são estressados e mal-humorados e tudo o que querem é que a viajem acabe o quanto antes.

Bom, ainda não falei da metade e passo a bola para a Leila que terá a missão de traçar o perfil dessa família e um pouco sobre o concurso.

Então tá, agora é a Leila falando *rs concordo com tudo que a dona Bruna falou sobre o filme, mas o que faz de Pequena Miss Sunshine um primor é justamente as peculiaridades de seus personagens. Vamos começar com a mamãe Sheryl, adepta do " preto no branco, todos os pingos nos is" a verdade é que ela faz das tripas coração pra poder manter a família o mais normal possível ( missão impossível). Já o pai, Richard, se acha o guru da auto-ajuda e pensa que seu livro vai revolucionar o mundo, o discurso dele é sempre uma separação de perdedores e vencedores, perdedores dizem isso, vencedores aquilo e blá blá blá ... choque total quando ele cai na real e vê que o perdedor é ele, por não aceitar a família com seus lindos e interessantes defeitos. O Dwayne é um figura, quer ser piloto e por isso faz um voto de silêncio até conseguir, isso o isola um pouco da convivência familiar, seu melhor amigo é o bloco de anotações e na verdade pra ele a família é um saco. Na minha opinião um dos vários pontos altos do filme é quando ele descobre ser daltônico e que por isso nunca poderá pilotar! O que vinha guardado há anos de uma só vez explode e o menino vira uma bomba! Foi tanta emoção guardada, tanta raiva, tanta mágoa que no fim ele nem sabia se odiava mesmo a família ou se odiava a si mesmo por não se inserir nessa famíla.

Verdade seja dita, famílias são por natureza anormais, problemáticas e tem como especialistas em criar dores de cabeça e situações embaraçosas. E não há padrão, sua família pode ser composta por 2 ou 20 pessoas, os problemas são os mesmos, mudam de endereço, sotaque e personagens, só.

Quando o tio suicida chega ao lar doce lar da família Hoover descobre que tentou se matar por pouca coisa (coração gente, sempre ele). Na verdade quem deveria tentar isso era cada um dos membros daquela família. Levar um fora do seu aluno (sim eu disse aluno) não era nada comparado ao vovô viciado em heroína e aquela Kombi.

No meio disso tudo, a inocente Olive, que tem como maior sonho vencer o Concurso Miss Sunshine (só pra registrar, completamente ridículo, crianças se vestindo e agindo como mulheres) mas enfim, Olive consegue unir a família nessa deliciosa viagem e seguem todos para a Califórnia.

Enfim, lindo seria se todos nós ainda tivéssemos a inocência em sonhar, assim como a Olive, se todos acreditássemos ainda que vale a pena. Tenho amigos que dizem que acreditam, se isso for verdade sorte deles, mas o conselho é "carreguem a inocência da Olive até o fim dos dias".

O desfecho não foi como o esperado, mas o sonho foi, e muito bem realizado.

Ah, a Bruna pediu pra dizer que já ensaiou a coreografia do fim do filme. Se quiserem saber qual é, aluguem!

Leila, você também confessou um ensaio, *rs.

Beijos para a misses que temos dentro de nós!

Bruna e Leila.

14 de agosto de 2008

Vida que segue



Esse é um dos poucos filmes que recebem tradução digna do conteúdo.

Vida que segue (Moonlight Mile, EUA, 2002) é um drama, com excelentes sacadas do tipo cutucões no telespectadr no melhor estilo " ei, isso aqui acontece todo dia, inclusive com você!".


O filme conta a história do jovem Joe (Jake Gyllenhaal) que está noivo e viaja para a casa dos sogros. Nesse fim de semana, sua noiva acidentalmente é assassinada e ele se vê sozinho na casa dos sogros.

Vamos aos dramas, completamente perdido ele tem que encarar a perda, os pais dela e ainda a pergunta " e agora??".

Ele é um cara bacana, aos poucos vai se entrosando com o casal já que dividem a mesma dor. Joe é o perfeito "viúvo" , aquele que todos esperam ver, triste, taciturno, quieto enfim, tudo como manda o figurino. Nessa história ainda temos o sogro Ben ( Dustin Hoffman) e a mãe da moça Jojo ( Susan Sarandon). Os três dividem o tempo entre lamentos, preparativos para o funeral, depoimentos à justiça e etc...

O casal acaba adotando Joe, ele se sente bem ali, afinal é o que resta da amada e ele está decido a ser o viúvo que todos querem.

Tudo ia bem até que o coração, ele mesmo ( vocês sabem o que eu acho dele, né??) se intromete pra atrapalhar tudo. Joe se apaixona pela mocinha que trabalha no correio e daí surge uma briga interna, ao mesmo tempo que quer ficar com ela, não sabe como será a reação dos sogros, afinal eles continuam morando juntos!

Falando em sogros, Jojo e Ben personificam o casal perfeito, ele todo certinho e ela meio hippie e vivem em perfeita sintonia. Quer dizer, assim parece, até que no desenrolar do filme a gente percebe que tudo é máscara. A sintonia do casal, o comportamento de Joe e tudo o mais.

Jojo é frustrada por estar casada há tanto tempo e infeliz, Ben é um fracasso profissional e vivem se culpando pela perda da filha.

Daí a gente para pra analisar e vemos que todos os dias interpretamos personagens. A diferença é que as vezes esses personagens não são parecidos conosco em nada, mas mantemos a pose porque as pessoas gostam da gente assim.

Você nunca falou um palavrão, num dia qualquer resolve soltar um daqueles bem feios, pra desabafo mesmo, e atropelando o alívio vem a pergunta " o que vão dizer de mim??"

Resolva beber algo e se sentir bem ( você que nunca bebeu nada ) e comente que bebeu e gostou pra ver, é crucuficação na certa!

As vezes corremos o risco de deixar de aproveitarmos muita coisa só pra mantermos nosso papel pros outros.

Na boa, a vida é uma constante metamorfose e, parece clichê, ( mas que se dane!) é curta demais! Mudar é preciso!! Se agradar é preciso, se presentear é preciso, se amar é necessário!

Chega uma hora que nosso Joe resolve que manter a pose não o levará em nada, depois do choque com os sogros , todos acabam descobrindo que viviam uma mentira! Acreditem se puder, foi bom pra todo mundo!

Não que as mudanças não tragam dor e desafetos, trazem sim, mas isso faz parte dessa busca pelo prazer e pela tão falada felicidade.

Moçada, encham o peito de coragem, falem com quem acham necessário, desabafem, chorem, bebem, riam até cansar, solte aquela gargalhada bem alta e seja você!

Uma coisa é certa, a gente está em constante mudança mas nossa essência é a mesma, eu não deixo de ser a Leila por ter dançado ( coisa que nunca fiz antes) ou por ter gritado.Não deixo de ser eu quando me visto melhor, quando ouço outro tipo de música ou quando digo não pra alguém!

Essência é imutável, pode apostar!

E assim, a vida segue.

beijos




Closer – Perto Demais

Ou seria longe demais? (Closer/Mike Nichols/EUA/2004)

Antes de escrever, fiquei pensando de que forma abordaria esse filme que me marcou bastante, e foi baseado na peça de Patrick Marber, sucesso nos palcos Londrinos em 1997.

Com quatro personagens que se conhecem no decorrer da trama, o filme é um tapa na cara do telespectador, e permite que o mesmo tenha várias interpretações sobre as cenas. A história se desenvolve em Londres, não segue uma ordem cronológica exata, possui diálogos intensos, reveladores, frios e verdadeiros, além de cenas fortes e frases que nos fazem refletir sobre os relacionamentos humanos e os tempos atuais. O elenco conta com Julia Roberts no papel da fotógrafa Anna, Jude Law como Dan, o escritor de obtuários, Natalie Portman uma jovem stripper de Nova Iorque chamada Alice, e Clive Owen como o médico Larry.

Dan conhece Alice em um acidente de carro, ele a leva para o Hospital e os dois iniciam um romance. Anos mais tarde, o escritor precisa fazer fotos para a capa do seu livro que é baseado na vida de Alice e procura a fotógrafa Anna. Dan e Anna trocam olhares, o escritor paquera a fotógrafa que o corresponde. Alice percebe a situação e pede para Anna fazer fotos dela. Uma das fotos é escolhida para uma exposição que Anna promove meses depois.

A fotógrafa é divorciada e conhece seu futuro marido, Larry, em um aquário que costuma freqüentar, o encontro não foi coincidência (assistindo o filme os leitores irão perceber o que quero dizer com essa colocação). Mesmo dividindo o teto com o médico, Anna mantém um caso com Dan.

A “suruba” está armada e daí por diante o filme passa a tratar a traição e o sexo como tema principal. Nem preciso dizer que todos os protagonistas acabam se conhecendo e de certa forma seus relacionamentos estão ligados. Um aspecto que não passa despercebido é a diferença na forma como mulheres e homens encaram uma traição. O sexo masculino prefere comparações e se interessam pela performance do amante, já o feminino se importa com o envolvimento sentimental.

O ciúme também é assunto em Perto Demais, que está repleto de joguinhos amorosos. Na minha modesta opinião, Closer é daqueles filmes que ou se ama ou se odeia. Muitos podem não entender a complexidade dos sentimentos humanos, que muitas vezes são tratados como objetos que podem ser vendidos, trocados, ou negociados. Mas afirmo com convicção que o filme é muito próximo da realidade dos relacionamentos modernos.

Prestem atenção na atuação da Natalie Portman (como sempre muito convincente e envolvente) e principalmente no diálogo dela na boate. Em homenagem a essa linda atriz escolhi a foto em que ela está de peruca cor de rosa para ilustrar esse post. Adianto aos curiosos que o filme revela uma surpresa no final.

2 de julho de 2008

Nariz de porco

Estava mesmo doida atrás desse título, consegui, assisti ( de novo!!) e agora escrevo!

Um cidadão da nobreza se apaixona pela empregada, ela engravida e por pressões familiares ele acaba se casando com uma nobre também. A empregada grávida se mata e a mãe dela joga uma maldição: As meninas que nascerem nessa família seriam "agraciadas" com um nariz de porco.

A maldição é secular ...e anos depois nasce Penelope, a primeira menina da família.

Aí começa a nossa história. Penelope ( Christina Ricci ) nasce com o dito nariz de porco, passa a vida escondida em casa por ser diferente e sua mãe arma um verdadeiro esquema pra arrumar um marido pra moça, por acreditar que sendo aceita por outra pessoa a maldição seria quebrada. Numa dessas "audições" ela conhece Max ( James McAvoy) e é óbvio que eles se apaixonam mas o foco mesmo não é esse.

Hoje ser alto ou baixo pode ser o "nariz de porco de alguém", ser gordo ou magro demais, ter cabelo liso ou cacheado, gostar do brega ao invés do clássico a verdade é que todos temos um nariz de porco.

Acreditar que alguém quebrará a "maldição" nos aceitando pode ser um erro. Será mesmo que a maldição pode ser quebrada quando nós mesmo não nos aceitamos? Será que alguém tem mesmo esse poder? Aliás, será que existe mesmo essa maldição? A diferença sobressai é verdade, e deixa de ser atrativo não entendo o por quê.

Nesse tempo todo, enquanto a Penelope vai tentando entender esse mundão véio de Deus, o tal do Max também tenta achar seu lugar no mundo, aparentemente ele é um cara normal ( lindo por sinal, sem comentários) mas também tem seu nariz de porco ainda que não seja aparente.Daí ele percebe que a maldição não é só o tal nariz... as vezes está escondida a ponto de sugar nosso brilho e energia.

Anyway, no filme a maldição ,claro, é quebrada mas não da maneira como todos acreditávamos que seria. É óbvio que o amor triunfa ( clichê total) mas é bom de ver. Dá até um pouco de esperança sabe ao mesmo tempo que confronta com a idéia de que esse amor é só criado pra fazer a gente comprar filme ( vide quem vos escreve !) e afins.

Eu particularmente acho que tem que ter muita coragem pra acreditar nisso e ainda mais , sonhar que isso um dia será possível com você! Tem que ser muito macho rs rs rs

Acho até que vale a pena perguntar:

Será mesmo que ainda vale a pena acreditar nesse tal amor que "quebra" maldições?

Não seria mais fácil aprendermos a conviver com elas?


Ou ainda: Essa busca vale mesmo a pena?


Me digam vocês...

http://www.penelopethemovie.com/

23 de junho de 2008

Ah, as amizades...


Empolgada pelo belo texto da minha sócia, vamos falar de amor né... mas outro tipo de amor, aquele entre amigos.

A gente já sabe como são essas histórias né, paixões mal ou bem resolvidas, paqueras, sonhos , planos ainda que os desfeitos ou interrompidos, tudo isso arrasa a gente mas ao mesmo tempo passa com o tempo, só uma coisa persiste não importa o que aconteça: a verdadeira amizade.


Olha o quadro: Você conhece alguém interessante, situações vão e vêm e no fim o tal fulano nem era tudo aquilo que você imaginou, ele passa e pra quem você corre??? Pros amigos é claro!


No filme Sex and the City (Sex and the City: The Movie, EUA, 2008), Carrie a personagem vivida por Sarah Jessica Parker vive as voltas com um amor digamos , complicadinho, quando finalmente ela parece ter uma solução, algo terrível acontece ( se quiserem saber, corram para o cinema mais próximo).É familiar a situação, claro ela fica arrasada, coração partido, a vida parece que vai acabar ( garanto até que rola uma vontade de cortar os pulsos com faquinha de rocambole) e tragédia só não se completa porque lás estão os anjos que cuidam da gente, os amigos fiéis e ultra importantes.


E é bacana analisar, são pessoas que as vezes nem dividem interesses em comum com você, mas se encaixam perfeitamente na sua vida. Os traumas só são possíveis de superar com eles ao nosso lado, agüentando o péssimo humor, a descrença, a ironia, o desânimo , o chororô ( tudo isso de nossa parte é claro) e muito mais. Sem contar que depois, eles são os primeiros a rir de você, sempre!


E tem amigo que nem precisa estar ao lado pra dar força, isso é sensacional. Não dá pra negar o poder que um amigo tem de mudar as situações na vida da gente.


A Carrie que o diga.... sem as fiéis escudeiras Samantha ( Kim Cattrall). Miranda ( Cynthia Nixon) e Charlote ( Kristin Davis) talvez nem houvesse redenção.


Pode até ser exagero da minha parte ou talvez eu romantizo demais o "ser amigo" mas a verdade é que sem eles... não sei não hein, a coisa ficaria tensa!


Fiquei sem ver uma amiga por quase um ano, nos vimos no sábado a aquela maravilhosa impressão de que o tempo não passou foi incrível! Eu falei mais que "a muié do leite" e rimos de coisas fúteis, dividimos momentos lindos... foi sensacional!


Hoje na hora do almoço me peguei comentando algo com uma amiga que nem eu havia percebido ainda... um sentimento nasceu e talvez eu só tenha me dado conta ao contar pra ela, nem preciso dizer que o encorajamento foi instantâneo né!


Enfim, o mundo é colorido quando se tem amigos!


Beijos

20 de junho de 2008

A História de Amor


Se eu pudesse escolher um filme com uma história de amor que eu pudesse viver, sem dúvida nenhuma escolheria “Diário de uma Paixão”. Já o assisti mais de quatro vezes, em todas senti a mesma sensação, chorei nos mesmos trechos e falas e no fim acredito que sou uma idiota por acreditar que um amor tão lindo como o vivenciado pelos protagonistas pode existir.

Como já indiquei essa maravilha para muitas pessoas, tenho a obrigação de compartilhar com vocês, leitores do blog.

O filme é baseado no romance best-seller The Notebook de Nicholas Sparks e se passa na década de 40, quando a adolescente Allie Nelson (Rachel McAdams) vai passar o verão com a família na cidade litorânea Seabrook, na Carolina do Norte. Allie conhece o jovem operário Noah Calhou (Ryan Gosling) e, apesar das diferenças sociais (Allie é rica), eles se apaixonam perdidamente e vivem uma linda história, cheia de paixão.


O amor que eles sentem, é gostoso de ver, é intenso e cheio de vida. Nessa parte do filme o espectador tem certeza que precisa se apaixonar, ter frio na barriga, rir de qualquer coisa e mais que isso, dá vontade de voltar a ser adolescente.


Bom, mas como nem tudo são flores. Allie precisa voltar para sua cidade para estudar e Noah serve o exército e é convocado para a 2ª Guerra Mundial. Os dois se separam e ficam anos sem se reencontrar. Allie está noiva de um rapaz da alta sociedade e Noah vive pacatamente em sua cidade natal. Na véspera do casamento da moça, ela lê uma notícia no jornal e decide ir para Carolina do Norte atrás de um sentimento que volta a aquecer seu coração.


Essa é umas das partes mais emocionante do filme. O reencontro deles é uma explosão de todos os sentimentos que o ser humano pode ter, pois mistura raiva, decepção, paixão, vergonha, ilusão, felicidade e uma vontade enorme de ser feliz e reviver os velhos tempos.


Paralelo a isso, em um asilo, um homem (James Garner) lê um diário para uma mulher (Gena Rowlands). Embora a memória dela esteja prejudicada, ela se envolve pela emocionante história de Allie e Noah e todos os dias o mesmo homem vai visitá-la e continua contando a história.

Daqui pra frente não posso escrever mais, pois a emoção de relembrar as cenas já me deixa com lágrimas nos olhos. Assistam essa linda história de amor e se apaixonem, pois se existe um sentimento que deixa o ser humano feliz, esse sentimento é a paixão.

O filme é dirigido por Nick Cassavetes. Site Oficial: http://www.thenotebookmovie.com/

24 de abril de 2008

O beijo não foi roubado


"Coração diz pra mim, por que é que eu fico sempre desse jeito...!?!? Tá, a música não é das melhores mas esse verso se encaixa bem nos devaneios de hoje.Verdade seja dita, se o coração fosse uma pessoa, com certeza eu seria uma das que iria quebrá-lo no tapa! Fala a verdade, eita coisa pra colocar a gente em rolo!

No sábado passado eu vi " Um beijo roubado" ( My Blueberry Nights, França/ China/ Hong Kong, 2007) e estava até comentando com minha sócia de blog que esse filme provavelmente renderia muitas reflexões aqui, mas vou me aventurar em duas... escolhas e solidão.
Quando eu falei que a música do José Augusto caberia bem, é por várias razões, uma delas é porque pra mim ela seria trilha perfeita para a personagem de Norah Jones no filme, a Elizabeth. Olha a história, uma bela noite ela leva um pé e ao que parece é a última a saber disso, fica sabendo porque liga no bar onde sempre jantava com seu namorado descobre que ele está lá, jantando com a namorada dele!!! É mole!?!?

Depois desse sutil " se manda " ela resolve pegar a estrada para esquecer o cidadão. Durante essa viagem, ela conhece figuras bem incomuns, cada uma com uma história pra contar, e várias envolvendo nosso amigo do primeiro parágrafo, esse mesmo, o coração.

Gente, já vou avisando que o post de hoje com certeza será mais longo que os anteriores mas se vocês assistirem o filme me darão razão.
Voltando, antes de sair de New York, a Lizzie vai até o tal bar e acaba conhecendo o Jeremy ( Jude Law, sem comentários) um inglês que tinha diversos sonhos, um deles ser maratonista, mas se apaixonou e acabou dono de um bar na Big Apple. Uma das coisas mais legais desse longa, é a relação entre o Jeremy e a Lizzie, alguma coisa muda com a cena das chaves... pois é, em cima do balcão do bar há um pote repleto de chaves, inclusive a Lizzie deixou as do apartamento dela lá e pediu ao Jeremy para entregar ao fulano que a largou. Nesse pote estão as chaves de várias pessoas que passaram pela mesma situação, inclusive as do Jeremy mesmo que foi descartado por uma mocinha russa... enfim, ali estavam diversas portas que foram dolorosamente fechadas.

Os dois acabam se tornando confidentes, ela passa a freqüentar o bar todas as noites, e os dois conversam e conversam e uma coisa linda acontece. Essa ligação inexplicável, na verdade a impressão que tenho é que a Lizzie passa a ser um elo com o lado de fora do bar que o Jeremy tem, já que a vida dele é o bar apenas, com ela lá tudo fica digamos... novo!

Eis que chega o momento da partida, a Lizzie vai embora deixando pra trás as chaves e o Jeremy... na verdade ele já tinha se tocado que alguma coisa nela mexia com ele, mas ela acho que não, e assim coloca o pé na estrada e se manda , em busca de explicações.
Não vou entrar em detalhes quanto às histórias dos personagens, prometi me ater á dois pontos apenas, quem sabe num outro post né.

Enquanto ela viaja, manda cartões pra ele, que nunca são respondidos, não por falta de vontade dele, é que as respostas não a alcançavam em tempo, ela estava em constante mudanças, mochileira mesmo.É impresionante como a distância as vezes aproxima as pessoas. Há magia em descobrir alguém sem necessariamente conviver com ela, é um misto de sensações a cada descoberta, com o novo vem a ansiedade em comprovar o que se descobre e ao mesmo tempo saber mais.
O Jeremy vai acumulando tudo o que ele sabe da Elizabeth ao mesmo tempo em que a vontade de vê-la, de ouvir sua voz é arrasadora, num momento "X" bate o desespero, gente essa parte é de matar, tamanha a vontade dele em falar com ela... no meio disso tudo mudanças acontecem com ele, todas as chaves são devolvidas aos seus donos, chega de guardar lembranças né, a russa volta pra falar com ele depois de ter simplesmente desaparecido, e ele também fecha essa porta definitivamente e joga a chave fora! Ótimo! Recomeço mesmo!

Sei lá, as vezes a gente se habitua tanto com solidão, que quando aparece uma mínima e incerta chance de luz ao nosso mundo, nos agarramos desesperadamente à ela, foi o que aconteceu ao Jeremy! Ele lá sozinho no seu balcão com sua torta de blueberry esperando pela Lizzie.É o que acontece a todo instante com a gente, ao nosso redor... enfim.

Muitas vezes as nossas escolhas nos trazem as tais decepções, vide Elizabeth e seu sutil pé na bunda, garanto que ela não imaginou esse lado do escolhido ao optar por ele.A situação nos leva ao desespero, que leva à solidão e daí por diante. Felizmente no caso dela havia o Jude Law pra salvar a pátria né.

Por fim ela volta com uma super bagagem , inclusive sabendo que o coração dela não era o único a estar em pedaços, que isso não era implicância do destino e decide fechar a porta e abrir uma nova, ao lado do Jeremy.

Daí eu fiquei pensando em fazer um molho , fechar todas as portas mal resolvidas que deixei pra trás e jogar as chaves fora! Que tal?? Quem vem comigo?

Vejam esse filme, aguardem mais posts sobre ele e sejam felizes! Não é o que todos nós queremos!?

beijos
Crédito para a foto: http://www.cineclick.com.br/ e pro José Augusto né, afinal é ele quem canta " Agüenta coração"...

14 de abril de 2008

Muito mais que o Brilho Eterno


É minha primeira vez num blog, e após o convite de uma pessoa tão especial como a Leila, eu nem sei por onde começar.


Hoje, após divagar sobre como o tempo passa rápido (assunto redundante) e em como estou sendo figurante da minha própria vida, lembrei de um filme que usa um artifício de mudança e esquecimento que gera uma dúvida: você apagaria da sua memória as lembranças que não quer mais carregar no coração? O filme é o “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004), dirigido por Michel Gondry e com as excelentes atuações de Jim Carrey, que conseguiu fugir do clichê comédia, e Kate Winslet, muito além de Titanic.


Carrey, é Joel Barish, um homem de mais de trinta anos, tímido e com uma vida pacata, que conhece a irreverente e exótica Clementine Kruczynski (Winslet). O casal se apaixona rapidamente e logo Clementine se muda para o apartamento de Joel. Entre altos e baixos de um casal, uma discussão põe fim ao relacionamento. Joel, ainda apaixonado, procura Clementine, mas descobre que ela o apagou da memória. Revoltado com a situação, ele resolve fazer o mesmo e procura o Doutor Howard Mierzwiak.


A grande dúvida começa nesse ponto, apagar alguém que você ama da sua memória é a solução para parar de sofrer? Não sei se teria coragem pra tanto, mas talvez, num momento de desespero, impulsividade ou tristeza profunda, eu não pensaria duas vezes e faria como Joel. Seria como arrancar parte do meu coração, e com ele tirar tanto as boas como as más lembranças. Como diz o Los Hermanos “achar que sofrer é amar demais”.


Mas voltando ao filme, Joel tem a mesma percepção que eu (pretensão da minha parte), e durante a operação descobre que não quer apagar completamente a amada da memória, e deseja manter os momentos felizes que passaram juntos. A partir disso, ele enfrenta uma luta interna para manter suas memórias vivas, e eis a dúvida, ele consegue ou não? É possível apagar completamente as boas memórias vividas com alguém que você gosta muito?


Outros atores de peso estão no elenco, como Mark Ruffalo, Elijah Wood, Kirsten Dunst e Tom Wilkinson. A trilha sonora tem Beck, interpretando “Everybody's Got To Learn Sometime” (algo como "alguma hora todo mundo tem que aprender"), que na minha modesta opinião, quebra o gelo de qualquer coração duro e ainda transforma o sorriso em lágrima.


Bom, não vou contar o final do filme, mas aconselho que assintam e reflitam! Confira o vídeo e entenda mais o que estou falando http://www.youtube.com/watch?v=WIVh8Mu1a4Q

10 de abril de 2008

Problemas!

Olá!

Já que, quem é vivo sempre aparece, cá estou eu!
Não vamos mergulhar em nenhum filme cabeça ou denso, vamos falar de um filminho gostoso, clichê e sem pretensão alguma.
Que homens e mulheres não se entendem ( mas se completam graciosamente) isso todos sabemos, e que diversos filmes foram produzidos sobre esse assunto, isso também não é novidade , mas falaremos hoje sobre um chamado " Eu e as mulheres" (In The Land of Women, EUA, 2007).
Depois de levar um belo pé na bunda da namorada, Carter Webb ( Adam Brody) resolve sair de Los Angeles e ir passar uns tempos com a avó em Detroit.Na tentativa desesperada de "fugir" da própria vida pra arrumar a casa e seguir em frente, entre tentar terminar seu livro ( ele é escritor) e entender a razão pela qual ele foi descartado, Carter acaba conhecendo as mulheres da casa vizinha e aí a coisa começa a mudar.

Todo mundo já passou por isso, a gente fica tão centrado no problema que ele acaba se tornando maior do que realmente é, e não digo isso só pra quem levou um pé não, problemas em geral têm o dom de atrair a nossa atenção, só pensamos, olhamos e falamos dele! Incrível! É assim que nosso Carter chega à casa da vovó... destruído, arrasado achando que a vida acabou, que essas coisas as acontecem com ele, que as mulheres são isso e aquilo, o que ele menos precisava era .... de mais mulheres!

Aos poucos, ele vai saindo dessa concha e conhece as tais mulheres do título, primeiro a própria avó, que tem obsessão pela morte, acha que está definhando e age como tal, mas que de louca não tem nada, é apenas uma mulher digamos.... incomum! Depois vem a Sarah ( dona Meg Ryan) que é uma mãe zelosa, tem uma vidinha bem bacana , ao menos aparentemente pois na verdade o casamento está desmoronando, ela está doente e ainda não se dá bem com a filha mais velha.
Nesse tumulto todo entra a Lucy ( Kristen Stewart) que tem raiva da mãe ( Meg Ryan) e não sabe a razão, tem medo de beijar o namorado e passa por aquelas coisinhas típicas de adolescente ( eita fase!!)
No fim, ele experimenta um turbilhão de emoções, amizade, amor, desejo e por aí vai, pra quem queria fugir de mulher né....

Eu já falei, não é nada digno de Oscar, nehnuma atuação louvável mas é uma filminho bacana, leve e agradável.

Daí a gente vê que, ficar focado em problema não só deixa a gente triste como nos tapa os olhos para as diversas oportunidades, pros diversos aprendizados com os problemas alheios e para as chances de mudança que nos aparecem. Falar é fácil eu sei, eu mesmo tô passando por isso agorinha mesmo, mas é extremamente necessário mudar o foco, passar pelos problemas e seguir adiante, sejam eles financeiros, amorosos, de saúde sei lá!

Quem puder, vale a pena conferir... ainda mais pra quem gostar de ver o The O.C , o Adam tá igualzinho ao personagem dele na série, só muda de nome!

beijo

14 de fevereiro de 2008

Eu sou sempre eu





Assim mesmo, eu sou eu e sempre serei eu, neste caso a gente vai pensar se isso é bom ou ruim, vamos lá.

Todo o santo dia, a gente sai de casa para encenar, não que isso seja ruim ou sejamos falsos, nada disso, o fato é que eu não sou em casa da mesma maneira que sou no trabalho, na faculdade, entre amigos, enfim... o ambiente faz o "ator".


Inevitavelmente todos nós as vezes queremos mudar, seja por que conhecemos alguém e queremos agradar a todo custo , ou cansamos de ser como somos não importa, cedo ou tarde a gente quer mudar.


Com a Toula foi assim! Ela é a protagonista da comédia Casamento Grego ( My Big Fat Greek Wedding, EUA, 2002). Sempre se achando o patinho feio da família, trabalha no restaurante dos pais, vem de uma família tradicionalmente grega e não tem a mínima idéia do que seja pente ou maquiagem. Sua irmã mais nova já é casada e tem filhos, seu irmão também vive cheio de pretendentes só a dona Toula( Nia Vardalos) que não muda. Isso tudo fora a cobrança da família, o pai repetindo incansavelmente que ela está gorda e nunca vai se casar e blá blá bla.

A família dela é digamos... exótica. Mas isso é coisa mesmo de tradição, todos muito animados, tudo é motivo de festa, dança e muita conversa em alto e bom som.


Um belo dia ela decide que quer mudar, se matricula em diversos cursos, conhece pessoas novas e muda de emprego. Ah, me esqueci de dizer que um dia, no restaurante dos pais ela vê um mocinho interessante, mas se esconde por já imaginar que não teria a mínima chance com ele. Depois dessa mudança todo nossa protagonista adquire uma boa dose de auto-confiança, e de repente não mais que de repente adivinhem quem ela encontra?

O próprio! Aquele mocinho interessante do restaurante, um bonitão chamado Ian Miller (John Corbett). Daí vocês podem dizer" já sei, ele se encanta por ela, se casam e vivem felizes para sempre!" e eu não vou dizer que não, mas o mote desse post não é esse e sim a nossa sempre desesperada tentantiva de mudar o que somos para não desagradar seja quem for.


A medida que os dois vão se envolvendo, Toula faz de tudo para esconder dele a ,digamos, alegria em alto nível, de sua família.

E vai me dizer que você nunca quis esconder alguma coisa sobre você com medo de que a outra parte se choque!?!?!?

Ah vá, isso acontece com todo mundo, a gente deixa de gostar de coisas pelas quais antes éramos apaixonados, começa a gostar de outras nada a ver e por aí vai.


E por que mesmo? Só pra atingirmos a perfeição imaginada pelo outro! Eu não vejo outra explicação, pra mim é isso mesmo, mas será que a gente já pensou que podemos conquistar sendo quem somos? E quando falo em conquista não é só amorosa não, estou falando de amigos, chefes, colegas e assim por diante.


No decorrer do filme, ela percebe que ele gosta dela, independente de suas tradições, sua família excêntrica e o tudo mais. E no decorrer da vida você também percebe que, quem está com você está por que gosta e dá pra separar aqueles que gostam mesmo, eu já percebi, independente de eu amar do Elvis, curtir as músicas mais estranhas e decadentes possíveis, gostar de filmes preto e branco e mudos, os mais estranhos que se possa imaginar, ainda assim tem gente que me ama ( a razão eu nunca vou saber, mas já dizia o Chicó não sei, só sei que foi assim!).


Eu tenho uma amiga que diz que se acha uma grossa, e por isso se afasta, bancando a Toula e tentando se esconder, mas se fizer uma pesquisa ( bancar o IBOPE rs rs ) vai ver que não é nada disso que pensam dela ( não é dona Cecília!!).


Vamo que vamo turma, assumam a sua essência e sejam vocês mesmos! Há muito encantamento em nós, e damos poucas oportunidades pros outros saberem pois sempre queremos ser outra coisa.


Eu já disse, eu sou assim e serei sempre assim, a gente se aperfeiçoa mas não muda essência, quem concorda levante a mão, eu levanto a minha! ( as duas inclusive)


Não misturem, mudanças são sempre bem-vindas mas não há código algum que dite que eu só sou uma pessoa culta se gostar de Vinícius ou Caetano ( nada contra!), que eu só sou fashion se usar Versacce ou que só sou interessante se ler Hemingway, posso ser tudo isso, sem gostar de nada disso, certo!


Que me descubram agora e me aceitem assim!


um abraço,




16 de janeiro de 2008

Minha vida com trilha sonora!




Eu a-do-ro musicais, não sei precisar bem a razão, se é pelas músicas mesmo, se pelas coreografias ou se pela sensação que esse tipo de filme causa na gente, uma vontade de colocar trilha sonora na vida também...

Por falar nisso, quem aí já viu Grease , nos tempos da brilhantina (Grease, EUA, 1978)? A história pra quem não conhece pode parecer simples demais, uma escola, romances e crises adolescentes e muita música You´re the one that I want, you are the one I want hu hu hu ( lembra??)


A romântica Sandy (Olivia Newton-John), conhece um guri chamado Danny Zuko (John Travolta) numa praia no verão, se apaixonam e passam momentos lindos. O problema é quando as férias terminam e cada um vai pro seu canto...ou quase isso. Sandy, que deveria voltar para a Austrália, vai parar no mesmo colégio de Danny e lá percebe que ele não é realmente aquele príncipe encantado que ela conheceu, afinal de contas ele é o líder dos T.Birds e tem um nome a zelar né, não pode ficar por aí bancando o apaixonado. Ela também não é recebida com todo o carinho pelas Pink Ladies, já que dali ela é a única "princesinha".


E olha só como a trilha é importante! Qualquer pessoa que gosta desse filme e escuta qualquer uma das músicas rapidamente associa à certa cena, quer ver?


Você ouve "Hopelessly devoted to you"e já lembra da Sandy no jardim olhando pra imagem do Danny refletida numa espetacular piscina plástica! Ou "Summer nights" com o Danny distorcendo todo o belo passeio pela praia ou "Greased lightning" com a turma arrumando a lata velha!


Pois bem , é isso que eu dizia quando expressei a vontade de que a vida também tivesse trilha sonora. Mas a verdade é essa, ninguém vai dar um play quando eu estiver de coração partido e de repente eu vou ouvir "All by myself" do além, se eu quiser uma trilha pra vida, eu que arranje!


Pois hoje eu sinto vontade de dar um pause e mudar de rumo, é mesmo, no fim das contas eu escrevo o roteiro dessa epopéia que é a minha vida , cada um é responsável por querer dizer "goodbye to Sandra Dee" e começar de outra maneira.


Eu escrevo esse texto em homenagem a minha amiga Mari Morenghi,minha Frenchy querida , afinal blonds do have more fun! Essa é uma daquelas pessoas que você olha e já tem vontade de cantar, a trilha dela é sempre alegre a contagiante, não importa o momento ou lugar, é sempre linda!


Taí,vamos combinar,a partir de hoje todo momento vai ter trilha sonora, ainda que seja na sua cabeça, convenhamos que assim a vida fica mais gostosa.


Afinal o mundo está repleto de melodias e eu é que não quero ficar ao som de " love of my life" a vida inteira ( ainda que o momento peça essa canção rs rs ) vamo que vamo que ainda há muito roteiro pra ser escrito, cenas deletadas , trilhas compostas e versões do diretor rs rs rs!


No fim das contas Grease is the word, is the word that you heard It's got groove it's got meaning Grease is the time, is the place is the motion Grease is the way we are feeling.


Té +
Leiloca