É minha primeira vez num blog, e após o convite de uma pessoa tão especial como a Leila, eu nem sei por onde começar.
Hoje, após divagar sobre como o tempo passa rápido (assunto redundante) e em como estou sendo figurante da minha própria vida, lembrei de um filme que usa um artifício de mudança e esquecimento que gera uma dúvida: você apagaria da sua memória as lembranças que não quer mais carregar no coração? O filme é o “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004), dirigido por Michel Gondry e com as excelentes atuações de Jim Carrey, que conseguiu fugir do clichê comédia, e Kate Winslet, muito além de Titanic.
Carrey, é Joel Barish, um homem de mais de trinta anos, tímido e com uma vida pacata, que conhece a irreverente e exótica Clementine Kruczynski (Winslet). O casal se apaixona rapidamente e logo Clementine se muda para o apartamento de Joel. Entre altos e baixos de um casal, uma discussão põe fim ao relacionamento. Joel, ainda apaixonado, procura Clementine, mas descobre que ela o apagou da memória. Revoltado com a situação, ele resolve fazer o mesmo e procura o Doutor Howard Mierzwiak.
A grande dúvida começa nesse ponto, apagar alguém que você ama da sua memória é a solução para parar de sofrer? Não sei se teria coragem pra tanto, mas talvez, num momento de desespero, impulsividade ou tristeza profunda, eu não pensaria duas vezes e faria como Joel. Seria como arrancar parte do meu coração, e com ele tirar tanto as boas como as más lembranças. Como diz o Los Hermanos “achar que sofrer é amar demais”.
Mas voltando ao filme, Joel tem a mesma percepção que eu (pretensão da minha parte), e durante a operação descobre que não quer apagar completamente a amada da memória, e deseja manter os momentos felizes que passaram juntos. A partir disso, ele enfrenta uma luta interna para manter suas memórias vivas, e eis a dúvida, ele consegue ou não? É possível apagar completamente as boas memórias vividas com alguém que você gosta muito?
Outros atores de peso estão no elenco, como Mark Ruffalo, Elijah Wood, Kirsten Dunst e Tom Wilkinson. A trilha sonora tem Beck, interpretando “Everybody's Got To Learn Sometime” (algo como "alguma hora todo mundo tem que aprender"), que na minha modesta opinião, quebra o gelo de qualquer coração duro e ainda transforma o sorriso em lágrima.
Bom, não vou contar o final do filme, mas aconselho que assintam e reflitam! Confira o vídeo e entenda mais o que estou falando http://www.youtube.com/watch?v=WIVh8Mu1a4Q
2 comentários:
Legal o Blog, legal o texto e legal o filme. Parabéns.
Parabéns!
Debut em grande estilo queridona!
Sobre apagar os fulanos ...acho que daí seríamos incompletas afinal eles fazem parte da nossa história né, da parte doída da nossa história é verdade!
Bem-vinda Bruninha! Valeu por ter aceitado!
beijo
Leiloca
Postar um comentário