Segundas chances...
Será que as merecemos ou não importa o que façamos, sempre as teremos?
Pois é, o filme Cold Mountain (Cold Mountain, EUA/ Romênia, 2003) me fez pensar nisso.
É claro que o filme aborda diversos assuntos, romance, guerra, amizade, enfim, um infinidade de coisas que estão presentes em nossas vidas, mas o assunto hoje é mesmo sobre a tal segunda chance.
O filme acompanha a história de Ada (Nicole Kidman) , filha de um pastor que vai para a vila de Cold Mountain dirigir uma congregação. Ada é linda ( claro né) moça da cidade, habituada aos luxos etc. Quando chega à vila rapidamente desperta a curiosidade de todos. A mulher é a personificação da beleza e delicadeza. Numa dessas conhece um rapaz chamado Inman (Jude Law), simples, operário que mais tarde é convocado para a guerra. A atração entre os dois é instantânea e forte mas por conta das regras sociais, o sempre presente " ai, o que vão pensar de mim?" e mais um monte de baboseiras eles resistem aos apelos do coração e demoram décadas pra assumirem pra si mesmos que se adoram. Enfim, o moço vai pra guerra e o filme vai narrando diversas etapas dessa história, de um lado a jornada do soldado de volta à terra e aos braços da mulher amada, do outro a moça que fica por lá e tem que aprender a se virar,afinal a guerra muda tudo e nada mais é fácil, não importa se você é a Nicole Kidman ou a Leila.
Vamos então a primeira parte das "segundas chances" . Parei pra pensar , imaginei quantas vezes a Ada se arrependeu por ter demorado tanto pra abraçar o Inman e dizer que o amava. Na certa muitas vezes já que quando resolveram fazer isso já era tarde, logo depois ele foi pro front. Quantas vezes ela não desejou mandar as convenções sociais às favas, deixar de se importar com os outros e viver a vida dela?
Nesse meio tempo, chega à vila uma moça chamada Ruby (Renée Zellweger) , que é o oposto da Ada e por isso a sintonia entre as duas é perfeita. Sozinhas na fazenda, se tornam amigas e enquanto Ada espera por Inman, Ruby espera uma segunda chance, da vida. Explico: cresceu sozinha, foi abandonada pelo pai centenas de vezes e aprendeu a se virar, a marca dela é esse rancor que carrega do pai.
Num momento "X" do filme elas têm uma á outra apenas, sem grande amor, sem pai, sem perspectivas, sem sonhos, sem dinheiro enfim.. falta tudo , menos a força que elas dão uma pra outra.
Eu ainda não formei uma opinião sobre a tal segunda chance, só sei que tenho pensado muito nisso depois desse filme e de certos acontecimentos.
A Ada teve sua segunda chance com o Inman ( não adianta reclamar, é filme gente), ele volta e recupera o tempo perdido. A Ruby descobre que seu pai também merece uma segunda chance, e a vida resolve agraciar ( ou o diretor quem sabe né) a nossa Ruby com uma segunda chance também.
Afinal, recebemos por merecer, conquistamos uma segunda chance ou já estamos fadados a recebê-la não importa o que aconteça?
Recentemente perdi uma amiga, de forma trágica. Foram sonhos interrompidos, convites que ficaram sem resposta, projetos e chances desperdiçadas. Daí você faz uma lista de tudo o que deixou de fazer por medo, vergonha, receio, falta de tempo, preguiça e mais milhões de fatores. E se eu não tiver uma segunda chance??? E se quando resolver agir for tarde demais? E se a segunda chance estiver na minha cara e eu não agarrar por falta de coragem? terei uma terceira, quarta , quinta e etc.?
Vamos reavaliar gente, o problema é que pensamos nisso só nas horas de desespero, quando algo acontece, quando sentimos medo de não conseguir. Daqui uma semana o pensamento se dissipou e lá estamos nós, fazendo tudo errado novamente.
Minha amiga Thaís Torres não vai ter uma segunda chance. Seus amigos não terão outra chance de dizer que a amam, de abraçá-la , de rir com ela e fazer mais um monte de coisas. Você está lendo isso agora, você está aqui, as chances estão a todo momento trompando em você, abra os olhos!
Não deixe o Inman ir pra longe pra depois sentir falta dele, a hora é agora!
O filme é sensacional, fotografia linda, atuações tocantes e história sensível. Vale a pena ver.
Você decide então se vale ou não a pena aproveitar as segundas chances.
Será que as merecemos ou não importa o que façamos, sempre as teremos?
Pois é, o filme Cold Mountain (Cold Mountain, EUA/ Romênia, 2003) me fez pensar nisso.
É claro que o filme aborda diversos assuntos, romance, guerra, amizade, enfim, um infinidade de coisas que estão presentes em nossas vidas, mas o assunto hoje é mesmo sobre a tal segunda chance.
O filme acompanha a história de Ada (Nicole Kidman) , filha de um pastor que vai para a vila de Cold Mountain dirigir uma congregação. Ada é linda ( claro né) moça da cidade, habituada aos luxos etc. Quando chega à vila rapidamente desperta a curiosidade de todos. A mulher é a personificação da beleza e delicadeza. Numa dessas conhece um rapaz chamado Inman (Jude Law), simples, operário que mais tarde é convocado para a guerra. A atração entre os dois é instantânea e forte mas por conta das regras sociais, o sempre presente " ai, o que vão pensar de mim?" e mais um monte de baboseiras eles resistem aos apelos do coração e demoram décadas pra assumirem pra si mesmos que se adoram. Enfim, o moço vai pra guerra e o filme vai narrando diversas etapas dessa história, de um lado a jornada do soldado de volta à terra e aos braços da mulher amada, do outro a moça que fica por lá e tem que aprender a se virar,afinal a guerra muda tudo e nada mais é fácil, não importa se você é a Nicole Kidman ou a Leila.
Vamos então a primeira parte das "segundas chances" . Parei pra pensar , imaginei quantas vezes a Ada se arrependeu por ter demorado tanto pra abraçar o Inman e dizer que o amava. Na certa muitas vezes já que quando resolveram fazer isso já era tarde, logo depois ele foi pro front. Quantas vezes ela não desejou mandar as convenções sociais às favas, deixar de se importar com os outros e viver a vida dela?
Nesse meio tempo, chega à vila uma moça chamada Ruby (Renée Zellweger) , que é o oposto da Ada e por isso a sintonia entre as duas é perfeita. Sozinhas na fazenda, se tornam amigas e enquanto Ada espera por Inman, Ruby espera uma segunda chance, da vida. Explico: cresceu sozinha, foi abandonada pelo pai centenas de vezes e aprendeu a se virar, a marca dela é esse rancor que carrega do pai.
Num momento "X" do filme elas têm uma á outra apenas, sem grande amor, sem pai, sem perspectivas, sem sonhos, sem dinheiro enfim.. falta tudo , menos a força que elas dão uma pra outra.
Eu ainda não formei uma opinião sobre a tal segunda chance, só sei que tenho pensado muito nisso depois desse filme e de certos acontecimentos.
A Ada teve sua segunda chance com o Inman ( não adianta reclamar, é filme gente), ele volta e recupera o tempo perdido. A Ruby descobre que seu pai também merece uma segunda chance, e a vida resolve agraciar ( ou o diretor quem sabe né) a nossa Ruby com uma segunda chance também.
Afinal, recebemos por merecer, conquistamos uma segunda chance ou já estamos fadados a recebê-la não importa o que aconteça?
Recentemente perdi uma amiga, de forma trágica. Foram sonhos interrompidos, convites que ficaram sem resposta, projetos e chances desperdiçadas. Daí você faz uma lista de tudo o que deixou de fazer por medo, vergonha, receio, falta de tempo, preguiça e mais milhões de fatores. E se eu não tiver uma segunda chance??? E se quando resolver agir for tarde demais? E se a segunda chance estiver na minha cara e eu não agarrar por falta de coragem? terei uma terceira, quarta , quinta e etc.?
Vamos reavaliar gente, o problema é que pensamos nisso só nas horas de desespero, quando algo acontece, quando sentimos medo de não conseguir. Daqui uma semana o pensamento se dissipou e lá estamos nós, fazendo tudo errado novamente.
Minha amiga Thaís Torres não vai ter uma segunda chance. Seus amigos não terão outra chance de dizer que a amam, de abraçá-la , de rir com ela e fazer mais um monte de coisas. Você está lendo isso agora, você está aqui, as chances estão a todo momento trompando em você, abra os olhos!
Não deixe o Inman ir pra longe pra depois sentir falta dele, a hora é agora!
O filme é sensacional, fotografia linda, atuações tocantes e história sensível. Vale a pena ver.
Você decide então se vale ou não a pena aproveitar as segundas chances.
beijo