6 de fevereiro de 2009

Já estou rebobinando


Agora sim, chegou a vez de falar do filme.
Chega de rodeios, vou contar pra vocês minha impressão sobre o Rebobine, Por Favor (Be Kind, Rewind, 2008 – Michel Gondry).
Trata-se de uma comédia para apreciadores de cinema que também são contra a indústria da banalização.
A história gira em torno de uma locadora de VHS. O dono dela interpretado por Danny Glover percebe que o seu negócio está ultrapassado, que as lojas locam filmes em DVD e ele precisa com urgência de dinheiro para pagar uma reforma no seu prédio exigida pela prefeitura.
O personagem vai viajar para entender como funciona as grandes redes que alugam filmes. No seu lugar assume o controle do estabelecimento o ajudante Mike (Mos Def) que é amigo de um morador de ferro velho, o Jerry (Jack Black).
Jerry não bate muito bem da cabeça e após uma grande trapalhada desmagnetiza por acidente todos os filmes da locadora, ou seja, as pessoas alugam os filmes e quando vão assisti-los não tem nada.
De uma forma totalmente cômica os dois amigos decidem regravar as produções e começam por Caça-Fantamas, clássico dos anos 80. No dia seguinte gravam A Hora do Rush, com a colaboração de uma moradora do bairro que trabalha em uma lavanderia.
Os filmes acabam fazendo sucesso, e o processo denominado por eles de suecagem rende alguns dólares. A demanda aumenta e os moradores participam das gravações que utilizam técnicas e truques que soam bizarros nos dias de hoje. Só pra ter uma idéia eles gravam Rei Leão, Robocop, Conduzindo Miss Daisy, Uma Odisséia no Espaço e muitos outros.
Após o sucesso da suecagem os jovens viram estrelas no bairro e o filme tem uma reviravolta que eu fiquei na dúvida se deveria contar ou não. Optei por não contar pra dar mais suspense.
Na minha opinião as cenas finais mostram que quando as pessoas se juntam em um projeto coletivo com o coração, os sonhos podem se tornar realidade. Por essa frase vocês devem imaginar que o filme tem um final emocionante que nada tem a ver com amor. É isso mesmo, apesar de toda piração e palhaçada a história tem um lado crítico que deve ser levado em consideração.

Observação interessante: O diretor proibiu que qualquer ator assistisse novamente os filmes que foram “suecados”. As recriações deveriam partir das lembranças que cada um tinha.

Um comentário:

joaopj disse...

Filme louco, com cara de bobinho mas com forte crítica a industria cinematografica.