9 de julho de 2012

Prometheus


Olá queridos leitores do Cineopses! Depois de um bom tempo sem postar aqui, ficou em minhas mãos a árdua tarefa de falar sobre Prometheus, o novo filme do diretor Ridley Scott – cujos maiores feitos incluem, entre outros filmes aclamados, Blade Runner – O Caçador de Andróides (1982), Gladiador (2000) e Rede de Mentiras (2008) – com o mínimo de spoilers possíveis. Vejamos se eu consigo.

Para quem ainda não sabe do que se trata, o filme conta a história do casal de cientistas Elizabeth Shaw, vivida por Noomi Rapace (a Lisbeth Salander da versão sueca de Os Homens que Não Amavam as mulheres) e Charlie Holloway (oriundo de papéis menores na TV como a série The O.C.), que procuram uma solução para o enigma da origem da humanidade. 

Após encontrarem sinais gravados em cavernas de diferentes partes da Terra, a dupla parte ao encontro dos seres que teriam criado a raça humana em um planeta longínquo a bordo da nave Prometheus. Tudo, entretanto, se transforma em uma grande batalha quando se descobre que nossos “pais” escondem um terrível segredo que pode acabar com todos nós.

Todo o hype em torno de Prometheus se deve ao fato do filme foi originalmente concebido para ser um prelúdio de Alien – O Oitavo Passageiro (também dirigido por Scott em 1979) e, por consequência, de toda a franquia que ele originou. Entretanto, durante o processo criativo – Leia-se conversas intermináveis entre o diretor e os roteiristas Jon Spaihts e Damon Lindelof – o filme virou algo novo, uma história que se sustentaria por si só, mas que ainda seria capaz de contar a origem da criatura mais famosa do cinema e por meio de elementos da sua mitologia

Assim, logo após a descoberta da última caverna, o filme salta para bordo da Prometheus, que já no final de sua jornada de dois anos com destino ao planeta LV-223. Lá dentro, somos apresentados ao andróide David (Michael Fassbender) à fria executiva da corporação Weyland-Yutani – que financia a expedição e é proprietária da nave – Meredith Vickers (Charlize Theron) e ao capitão Janek  (Idris Elba). 

A exploração do planeta tem início imediatamente após o pouso e o destino é um grupo de cavernas subterrâneas que mais parecem uma instalação abandonada do que uma obra da natureza. Aqui as perguntas começam a ser respondidas. Shaw realmente encontra nossos criadores, a quem chama de engenheiros, mas se depara também com algo muito pior, que divide a tripulação da Prometheus e pode trazer terríveis consequências se for tirado dali.

Contar mais daqui em diante estraga toda a surpresa, mas eu adianto que o filme apenas fica melhor – e mais estranho. Embora o filme tente a todo o momento ser algo nada visto antes (e já pelo roteiro , ele consegue) todos os elementos de outros filmes de terror espacial estão ali e para a nossa alegria tudo que dava a identidade da franquia Alien também está. Para ver Prometheus vá preparado para se surpreender. O filme pede mente aberta e bastante reflexão, principalmente depois que termina e mesmo o que parece ser totalmente óbvio esconde algo ainda maior e aberto a diferentes interpretações. 
 
Já para os “iniciados”, como eu, ao universo da lagartixa negra, que foram obrigados a engolirem a seco dois péssimos Alien Versus Predador,  apenas para ver sua criatura favorita na telona, eu peço paciência. Embora o desenrolar do filme Ridley Scott não nos esqueceu e a última cena, pouco antes dos créditos finais é o presente dele para todos nós. 



Nota do Cineopses: O Bazela já é amigo há muito tempo e é sempre uma honra enorme contar com ele por aqui. Eu mesma não me atreveria a dizer nada sobre Prometheus (apesar de ter visto) pois o garoto é autoridade em Alien. Só confiaria nele para falar no assunto. Volte sempre querido!

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