Olá queridos leitores do
Cineopses! Depois de um bom tempo sem postar aqui, ficou em minhas mãos a árdua
tarefa de falar sobre Prometheus, o novo filme do diretor Ridley Scott – cujos
maiores feitos incluem, entre outros filmes aclamados, Blade Runner – O Caçador
de Andróides (1982), Gladiador (2000) e Rede de Mentiras (2008) – com o mínimo
de spoilers possíveis. Vejamos se eu consigo.
Para quem ainda não sabe do que
se trata, o filme conta a história do casal de cientistas Elizabeth Shaw,
vivida por Noomi Rapace (a Lisbeth Salander da versão sueca de Os Homens que
Não Amavam as mulheres) e Charlie Holloway (oriundo de papéis menores na TV
como a série The O.C.), que procuram uma solução para o enigma da origem da
humanidade.
Após encontrarem sinais gravados
em cavernas de diferentes partes da Terra, a dupla parte ao encontro dos seres
que teriam criado a raça humana em um planeta longínquo a bordo da nave
Prometheus. Tudo, entretanto, se transforma em uma grande batalha quando se
descobre que nossos “pais” escondem um terrível segredo que pode acabar com
todos nós.
Todo o hype em torno de Prometheus se deve ao fato do filme foi
originalmente concebido para ser um prelúdio de Alien – O Oitavo Passageiro
(também dirigido por Scott em 1979) e, por consequência, de toda a franquia que
ele originou. Entretanto, durante o processo criativo – Leia-se conversas
intermináveis entre o diretor e os roteiristas Jon Spaihts e Damon Lindelof – o
filme virou algo novo, uma história que se sustentaria por si só, mas que ainda
seria capaz de contar a origem da criatura mais famosa do cinema e por meio de
elementos da sua mitologia
Assim, logo após a descoberta da
última caverna, o filme salta para bordo da Prometheus, que já no final de sua
jornada de dois anos com destino ao planeta LV-223. Lá dentro, somos
apresentados ao andróide David (Michael Fassbender) à fria executiva da
corporação Weyland-Yutani – que financia a expedição e é proprietária da nave –
Meredith Vickers (Charlize Theron) e ao capitão Janek (Idris Elba).
A exploração do planeta tem
início imediatamente após o pouso e o destino é um grupo de cavernas
subterrâneas que mais parecem uma instalação abandonada do que uma obra da
natureza. Aqui as perguntas começam a ser respondidas. Shaw realmente encontra
nossos criadores, a quem chama de engenheiros, mas se depara também com algo
muito pior, que divide a tripulação da Prometheus e pode trazer terríveis
consequências se for tirado dali.
Contar mais daqui em diante
estraga toda a surpresa, mas eu adianto que o filme apenas fica melhor – e mais
estranho. Embora o filme tente a todo o momento ser algo nada visto antes (e já
pelo roteiro , ele consegue) todos os elementos de outros filmes de terror
espacial estão ali e para a nossa alegria tudo que dava a identidade da
franquia Alien também está. Para ver Prometheus vá preparado para se
surpreender. O filme pede mente aberta e bastante reflexão, principalmente
depois que termina e mesmo o que parece ser totalmente óbvio esconde algo ainda
maior e aberto a diferentes interpretações.
Já para os “iniciados”, como eu,
ao universo da lagartixa negra, que foram obrigados a engolirem a seco dois
péssimos Alien Versus Predador, apenas
para ver sua criatura favorita na telona, eu peço paciência. Embora o
desenrolar do filme Ridley Scott não nos esqueceu e a última cena, pouco antes
dos créditos finais é o presente dele para todos nós.
Nota do Cineopses: O Bazela já é amigo há muito tempo e é sempre uma honra enorme contar com ele por aqui. Eu mesma não me atreveria a dizer nada sobre Prometheus (apesar de ter visto) pois o garoto é autoridade em Alien. Só confiaria nele para falar no assunto. Volte sempre querido!
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