14 de abril de 2008

Muito mais que o Brilho Eterno


É minha primeira vez num blog, e após o convite de uma pessoa tão especial como a Leila, eu nem sei por onde começar.


Hoje, após divagar sobre como o tempo passa rápido (assunto redundante) e em como estou sendo figurante da minha própria vida, lembrei de um filme que usa um artifício de mudança e esquecimento que gera uma dúvida: você apagaria da sua memória as lembranças que não quer mais carregar no coração? O filme é o “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004), dirigido por Michel Gondry e com as excelentes atuações de Jim Carrey, que conseguiu fugir do clichê comédia, e Kate Winslet, muito além de Titanic.


Carrey, é Joel Barish, um homem de mais de trinta anos, tímido e com uma vida pacata, que conhece a irreverente e exótica Clementine Kruczynski (Winslet). O casal se apaixona rapidamente e logo Clementine se muda para o apartamento de Joel. Entre altos e baixos de um casal, uma discussão põe fim ao relacionamento. Joel, ainda apaixonado, procura Clementine, mas descobre que ela o apagou da memória. Revoltado com a situação, ele resolve fazer o mesmo e procura o Doutor Howard Mierzwiak.


A grande dúvida começa nesse ponto, apagar alguém que você ama da sua memória é a solução para parar de sofrer? Não sei se teria coragem pra tanto, mas talvez, num momento de desespero, impulsividade ou tristeza profunda, eu não pensaria duas vezes e faria como Joel. Seria como arrancar parte do meu coração, e com ele tirar tanto as boas como as más lembranças. Como diz o Los Hermanos “achar que sofrer é amar demais”.


Mas voltando ao filme, Joel tem a mesma percepção que eu (pretensão da minha parte), e durante a operação descobre que não quer apagar completamente a amada da memória, e deseja manter os momentos felizes que passaram juntos. A partir disso, ele enfrenta uma luta interna para manter suas memórias vivas, e eis a dúvida, ele consegue ou não? É possível apagar completamente as boas memórias vividas com alguém que você gosta muito?


Outros atores de peso estão no elenco, como Mark Ruffalo, Elijah Wood, Kirsten Dunst e Tom Wilkinson. A trilha sonora tem Beck, interpretando “Everybody's Got To Learn Sometime” (algo como "alguma hora todo mundo tem que aprender"), que na minha modesta opinião, quebra o gelo de qualquer coração duro e ainda transforma o sorriso em lágrima.


Bom, não vou contar o final do filme, mas aconselho que assintam e reflitam! Confira o vídeo e entenda mais o que estou falando http://www.youtube.com/watch?v=WIVh8Mu1a4Q

2 comentários:

FIRMA disse...

Legal o Blog, legal o texto e legal o filme. Parabéns.

Leila Ferraz disse...

Parabéns!

Debut em grande estilo queridona!

Sobre apagar os fulanos ...acho que daí seríamos incompletas afinal eles fazem parte da nossa história né, da parte doída da nossa história é verdade!

Bem-vinda Bruninha! Valeu por ter aceitado!
beijo
Leiloca