A diferença é que o mocinho tem um probleminha chamado síndrome de Asperger, que o impede de entender qualquer coisa além do literal. Ele é brilhante, genial mas só entende as coisas ao pé da letra, não pega deixas, não saca indiretas ou coisas do tipo, o que dificulta, pra não dizer impossibilita, a comunicação com os outros. Ele sempre contou com o pai pra dar uma ajuda com as pessoas, só que agora o "salvador" não estava mais presente.
Enfim, num belo dia ele conhece a nova vizinha, a bonitinha, espertinha, super extrovertida e cosmopolita Beth (Rose Byrne), a ligação é imediata e nasce aquele sentimento conhecido por todos nós, o famoso "começou como amizade mas tô sentindo algo mais".Ela percebeu que estava gostando dele, mas como mostrar se o moço não entende sinais?
No decorrer dos 99 minutos de filme a gente torce pra que milagrosamente ele se cure e fique "normal", que tudo dê certo e termine naquela esquema sessão da tarde que a gente conhece e se empolga com o delicado laço criado por eles.
Sai cena e entra cena percebemos que esse problema de comunicação é mais real do que imaginamos. Quem já se relacionou com alguém sabe como é "complicadis" manter um diálogo, deixar claro sua opinião e se expressar sem magoar, falhar e muitas vezes destruir esse relacionamento.
Além do abismo entre os dois, o filme ainda toca em asuntos como relacionamento familiar, amizade e trabalho. A individualidade nesse furacão de relacionamentos é fator fundamental para manter a sanidade e seguir adiante.
Com ou sem síndrome de asperger, a gente sofre pra criar essa ligação de confiança, manter esse laço e fortalecê-lo. Como disse antes, o filme é muito singelo mas surpreendentemente tocante. Experimente vê-lo e volte pra me dizer. Duvido que não role uma identificação com esse casalzinho ternura. De quebra você ainda leva uma trilha sonora sensacional, no melhor estilo "filme barato, despretensioso com bandas não muito conhecidas dando o tom".
Fica a dica, espero que gostem.
beijocas
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