Ou seria longe demais? (Closer/Mike Nichols/EUA/2004)
Antes de escrever, fiquei pensando de que forma abordaria esse filme que me marcou bastante, e foi baseado na peça de Patrick Marber, sucesso nos palcos Londrinos em 1997.
Com quatro personagens que se conhecem no decorrer da trama, o filme é um tapa na cara do telespectador, e permite que o mesmo tenha várias interpretações sobre as cenas. A história se desenvolve em Londres, não segue uma ordem cronológica exata, possui diálogos intensos, reveladores, frios e verdadeiros, além de cenas fortes e frases que nos fazem refletir sobre os relacionamentos humanos e os tempos atuais. O elenco conta com Julia Roberts no papel da fotógrafa Anna, Jude Law como Dan, o escritor de obtuários, Natalie Portman uma jovem stripper de Nova Iorque chamada Alice, e Clive Owen como o médico Larry.
Dan conhece Alice em um acidente de carro, ele a leva para o Hospital e os dois iniciam um romance. Anos mais tarde, o escritor precisa fazer fotos para a capa do seu livro que é baseado na vida de Alice e procura a fotógrafa Anna. Dan e Anna trocam olhares, o escritor paquera a fotógrafa que o corresponde. Alice percebe a situação e pede para Anna fazer fotos dela. Uma das fotos é escolhida para uma exposição que Anna promove meses depois.
A fotógrafa é divorciada e conhece seu futuro marido, Larry, em um aquário que costuma freqüentar, o encontro não foi coincidência (assistindo o filme os leitores irão perceber o que quero dizer com essa colocação). Mesmo dividindo o teto com o médico, Anna mantém um caso com Dan.
A “suruba” está armada e daí por diante o filme passa a tratar a traição e o sexo como tema principal. Nem preciso dizer que todos os protagonistas acabam se conhecendo e de certa forma seus relacionamentos estão ligados. Um aspecto que não passa despercebido é a diferença na forma como mulheres e homens encaram uma traição. O sexo masculino prefere comparações e se interessam pela performance do amante, já o feminino se importa com o envolvimento sentimental.
O ciúme também é assunto em Perto Demais, que está repleto de joguinhos amorosos. Na minha modesta opinião, Closer é daqueles filmes que ou se ama ou se odeia. Muitos podem não entender a complexidade dos sentimentos humanos, que muitas vezes são tratados como objetos que podem ser vendidos, trocados, ou negociados. Mas afirmo com convicção que o filme é muito próximo da realidade dos relacionamentos modernos.
Prestem atenção na atuação da Natalie Portman (como sempre muito convincente e envolvente) e principalmente no diálogo dela na boate. Em homenagem a essa linda atriz escolhi a foto em que ela está de peruca cor de rosa para ilustrar esse post. Adianto aos curiosos que o filme revela uma surpresa no final.
2 comentários:
Sensacional!
O que eu mais gosto desse filme além de tudo o que você já disse é que essa história de amor é perfeitamemnte possível. Não é um conto de fadas de cinema, é uma história de amor triste como todas e que pode acontecer com qualquer um, uma história real. Brilhante!
beijo sócia!
Mesmo com todos esses tapas e socos, o filme tem um lado engraçado que não deve ser ignorado, tipo as conversas pela internet tosco mas real, outra coisa interessante é que o filme termina mas não dá vontade de sair do cinema e nem parar de assistir, essas coisinhas tornam o filme muito bom.
ops, sem esquecer as atuações que apavoram.
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