Muita gente me pergunta se eu gostei do Thor. Acredito que, pela minha filosofia nerd convicta e pelo fato de acompanhar – ainda que não muito de perto – o personagem nas HQ’s, todos esperam ouvir alguma resposta xiita do tipo: “poderia ter sido melhor” ou “não é nada fiel aos gibis”, mas eu geralmente frustro esse pessoal ao dizer que sim! Thor é um ótimo filme!
Claro, não vou exagerar e dizer que é extremamente fiel com cada diálogo tirado dos quadrinhos, como acontece com Watchmen, ou que é o melhor filme de super-heróis de todos os tempos, posto que já pertence ao Batman com o Cavaleiro das Trevas, mas a história se amarra muito bem.
Para quem está chegando agora, Thor (Chris Hemsworth) é o mimado filho de Odin (o sempre sensacional Anthony Hopkins) que, no dia de assumir o trono do pai tem um dos seus notórios ataques de arrogância, acaba criando um “incidente internacional” entre dois reinos e acaba exilado na Terra (ou Midgard) sem martelo e sem poderes. Aqui a coisa entra um pouco no clichê e o amor dele por uma mortal, a pesquisadora Jane Foster (Natalie Portman em férias de Cisne Negro) ajuda o rapaz a se redimir e ser digno de empunhar novamente o mítico Mjolnir.Ok, mas o que faz dele um filme tão bom afinal? Eu respondo: os detalhes. Uma boa história é contada nos detalhes. E nesse ponto o diretor Kenneth Branagh divide os fãs dos quadrinhos de quem nunca ouviu falar de Thor. As referências aos outros personagens do Universo Marvel estão todas ali para ser vistas como o Gavião Arqueiro (na pele de Jeremy Renner) – um dos meus personagens favoritos, por sinal – e menções a um certo Stark e um cientista especialista em radiação Gama que sumiu repentinamente.
Outro ponto que chama a atenção é a presença da SHIELD, a organização secreta mais importante dos gibis fazendo o que ela melhor faz: se meter em tudo e muitas vezes atrapalhar a vida dos heróis, principalmente os Vingadores.
Bom, acho melhor eu ficar por aqui antes que entregue algum spoiler e a Leiloca nunca mais me deixe escrever aqui. Pra fechar: se você não conhece o Thor, vá ao cinema. Se já conhece, vá ao cinema e fique até depois dos créditos! Você não irá se arrepender...
Nota do Cineopses:
A resenha de hoje não poderia ter sido feita por outra pessoa que não meu amigo Carlos Bazela. Só confiaria nele para falar de quadrinhos com tanta habilidade. Portanto, se ele disse que é bom pode ir sem medo que deve ser mesmo!Valeu Bazela, o Cineopses agradece e ..... volte sempre! Com Marvel ou sem!
Se você é fã da saga Crepúsculo, sonha com o vampiro bonzinho e o lobo sarado e acha tudo isso o máximo, corre pra sala mais próxima e veja "A garota da capa vermelha" (Red Riding Hood, 2011). Se você não for muito fã não creio que vá gostar do longa.
Dirigido por Catherine Hardwicke (a mesma do primeiro filme da saga dos vampiros brilhantes) o filme conta a história de um vilarejo que há anos é assombrado por um lobo. Rola um trato, os moradores oferecem um sacrifício ao lobo e ele não mata ninguém, até o dia em que o cachorrinho decide quebrar o acordo.
No meio disso, Valerie (Amanda Seyfried) é apaixonada por Peter, um lenhador gato e pobretão (Shiloh Fernandez) mas foi prometida em casamento ao ferreiro gato e rico Henry (Max Irons). Na confusão toda de lobo e tudo mais, descobre-se que a moça tem uma ligação estranha com o animal, consegue falar com ele.
Acusações de bruxaria, Gary Oldman como padre linha dura (infelizmente não colou, e olha que eu AMO o Gary) e várias cenas feitas sobre a paisagem gelada e montanhosa do vilarejo (qualquer semelhança com as cenas de Crepúsculo é mera coincidência) o filme foi cuidadosamente pensado pra quem se amarrou na saga vampiresca.
Dividida entre o sexy lenhador e o bonzinho ferreiro, Valerie (nossa Chapeuzinho Vermelho) se vê num dilema monstruoso pois, além de tudo o lobo tem alguma coisa a ver com ela. Ah, no filme o papel do pai da protagonista é de Billy Burke , coincidentemente o pai de Bella Swan em Crepúsculo.Num dado momento, os até então inimigos, Henry e Peter se unem em favor da mulher amada que corre perigo (hum... será que eu já vi esse filme??)
A tentativa de modernizar do clássico conto dos Irmãos Grimm falhou. O roteiro é fraquinho, as tomadas são as mesmas de Crepúsculo e nem o elenco que tem gente boa hein, Gary e Amanda, convenceu. Leonardo di Caprio é um dos produtores do longa.
Enfim, como eu disse, quem gostou de Crepúsculo vai gostar de A Garota da Capa Vermelha. Já vi uns livros rodando por aí com a atriz na capa.... vejo partes 2 e 3 a caminho.Mas já aviso, nesse não tem nenhum abdomen mega sarado pra gente babar ok.
Estimados e poucos amigos, tomada pela vergonha de não atualizar esse blog resolvi recorrer aos amigos. Descaradamente assumo, mas prefiro pensar que essa é uma decisão sábia já que eu mesma não consigo ir ao cinema, deixo os que conseguem escrever sobre ele. Com vocês, Anderson Silva.
Adam Sandler fazendo o que sabe de melhor (e pior).Sabe quando um artista faz um filme e fica marcado por ele? Tipo o Daniel Radcliffe por Harry Potter ou o Cristopher Reeve em Superman. Pois bem, isso aconteceu com Adam Sandler. Não exatamente por um único filme, mas pelo estilo de seus trabalhos no cinema - principalmente os mais recentes.
Reparem: Sandler é (quase) sempre retratado como o cara que era deslocado quando jovem (ou mesmo na vida adulta) que, por sua 'inocência', acaba se dando bem depois.Foi assim em 'A Herança de Mr. Deeds' (2002) e o 'Rei da Água' (1998), entre outros.
Em'Esposa de Mentirinha' não poderia ser diferente. A história começa no dia de seu casamento com a mulher dos seus sonhos. Porém, Danny (Sandler) descobre que ela só estava com ele pelo 'status' (futuro cirurgião plástico). Ele cancela a cerimônia.
Mesmo sofrendo, ele utiliza sua 'dor' para se dar bem com as mulheres. Ele passa então a enganar as moças com quem sai, dizendo ser casado com uma esposa que constantemente o trai. Fato que acaba causando comoção nas moças.Entre um caso e outro (já que ele é 'casado', tem a desculpa perfeita para não se 'amarrar'), o tempo passa e ele conhece Palmer (Brooklyn Decker), uma jovem linda e meio, digamos, sem cérebro (estereótipo clássico dos filmes em que Sandler é o astro).
Dessa vez, porém, Danny está sem a aliança e tem a esperança de não precisar mentir e ter um relacionamento saudável.Ledo engano. A moça, sem querer, encontra o anel no bolso do rapaz e o dispensa, achando que ele é casado. Ele mente, dizendo que está se separando. Ele então pede pra conhecer a esposaPara não perder a garota, eis que Danny tem uma ideia brilhante: pedir para a assistente de seu consultório (Jennifer Aniston) finja ser sua mulher, uma 'perua' que só pensa em dinheiro. Problema resolvido? Não nos filmes de Adam Sandler. Palmer insiste em conhecer também seus 'filhos', a irritante Maggie (belo trabalho de Bailee Madison), aspirante a atriz mirim, e o introvertido Michael (Griffin Gluck). E dá-lhe piadinhas infames e caras e bocas de Sandler (lembrando os piores dias de Jim Carrey).
E é claro que a linda - e pouco inteligente - Palmer sugere a todos que façam uma viagem juntos, 'para se conhecerem' melhor. E advinhe o que acontece no final?Destaque para a química entre Aniston e Sandler, e o quanto os dois parecem estar se divertindo em cena (acho que por isso até a Nicole Kidman e o cantor Dave Mathews aceitaram fazer uma ponta no filme: todos querem (dinheiro e) diversão.
Previsibilidades à parte, 'Esposa de Mentirinha' deve agradar as famílias e aos fãs de Adam Sandler.
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