Quem me conhece sabe que eu tenho um fraco por coisas tristes. Filmes tristes, músicas tristes, pessoas... acho a tristeza uma coisa bem interessante.Vai ver por isso toda a vez que indico um filme ou música pra meus amigos, eles sempre me perguntam "é triste? eu vou chorar? Tô ficando óbvia já.
Se você não quer chorar litros e quer passar longe de sofrimento, corra de Não me abandone jamais (Never let me go, 2010). Agora, se você quer pensar sobre vida,morte e o papel de cada um na sociedade, essa é a melhor pedida. São 103 minutos de sofrimento, introspecção, choro e muito drama.
O filme, baseado no romance homônimo de Kazuo Ishiguro, acompanha a vida de três britânicos, Ruth, Kathy e Tommy num colégio interno no interior do país. Lá, a disciplinaé rígida. Eles têm que comer bem e se exercitar muito para manter o corpo saudável.
Kathy (Carey Mulligan, ótima) desde pequena é apaixonada por Tommy(Andrew Garfield). Ruth (Keira Knightley) vendo que pode sobrar no grupo,trata logo de conquistar o garoto para não ficar sozinha. São crianças tristes e extremamente disciplinadas, que vivem relativamente bem até que uma professora revela o que lhes aguarda. Estão sendo criados apenas para doarem seus órgãos futuramente aos que ficarem doentes. Mesmo com tudo isso os três seguem amigos, e deixam o internato aos 18 anos.
O filme não se aprofunda nas questões éticas da doação de órgãos, o foco mesmo é o triângulo amoroso dos protagonistas. É uma história de amor, traição, redenção e perdão. A direção de Mark Romanek (de Retratos de uma obsessão) e se manteve fiel ao livro (que é ainda mais forte, se puderem leiam que vale a pena!)
O trio consegue passar a atmosfera do colégio e toda a angústia pelo futuro nada promissor.Eu confesso que não sou nada fã da Keira e (de novo!) não vi nada de especial na atuação dela. Não entende o auê em torno dessa moça.Destaco a participação de Mulligan. Para mim uma das melhores novas atrizes da atualidade.
O filme tem estreia prevista no Brasil para 18 de março. Antes de ir verifique se há lenços suficientes na bolsa. A produção levou o prêmio de Melhor Atriz (Mulligan) e foi indicada a melhor Filme, Diretor, Roteiro, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante do British Independent Film Awards.
Veja, se derrame e depois me conte.
beijos
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