9 de janeiro de 2011

Enrolados

Encantadoramente gracioso. Esse é o 50º longa da Disney. Enrolados (Tangled,2010) é uma leitura super pop do famoso conto dos irmãos Grimm , Rapunzel. A diferença aqui é a mescla de ingredientes Disney e Pixar. De um lado a magia, o encanto e romantismo dos criadores de Mickey Mouse, do outro a graça, a atitude e irreverência dos responsáveis por sucessos como Toy Story, Os incríveis, Monstros S/A e Procurando Nemo. A parceria entre os estúdios já rendeu muita coisa boa e, se não me engano, esse é o primeiro longa "romântico" deles.

Como disse, a releitura é pop. Aqui Rapunzel não é salva por um príncipe mas sim pelo ladrão malandro e boa pinta, Flynn Rider. A bruxa Goethe sequestra a pequena Rapunzel e a tranca em uma alta torre para ter o poder rejuvenescedor de seus longos cabelos apenas para si. Um belo dia, fugindo dos guardas reais Flynn vai parar na torre da mocinha que logo faz um trato com ele: Me tire daqui que eu devolvo a coroa que você roubou do castelo (ela esconde a coroa para chantageá-lo).

A partir daí uma sequência de acontecimentos hilários acontecem. A produção é diversão certa para toda a família. Na minha humilde opinião, o frescor do filme se deve a John Lasseter, o crânio da Pixar que assumiu a direção das produções com a compra. Mesmo assim a gente percebe bem quem fez o que no filme. Por exemplo: as irônicas piadas são da Pixar enquanto as canções têm a cara da Disney (só podiam mesmo, são todas de Alan Menken que "musicou" Aladin, A Pequena Sereia, a Bela e a Fera e por aí vai). A mistura fez muito bem a Disney que já estava ficando pra trás em um segmento que ela mesma criou, o das animações.

A princesa aqui já não é mais aquela menina frágil e delicada. Nossa Rapunzel tem atitude, é bem-humorada e esperta.

E não para por aí: O mocinho é descaradamente parecido com Aladin, a princesa (é claro!) tem um amigo animal, a bruxa canta e tem os cabelos negros e a mais bela cena do filme envolve romance e música. Enfim, tudo o que um conto de fadas precisa ter para agradar a família toda.

Curiosidade: o nome inicial do filme seria Rapunzel, mas os produtores decidiram trocar para que o nome não afastasse os meninos das salas de exibição. Tangled significa trançado. Na versão em português, Flynn Rider ganhou vida pela voz de Luciano Huck, que fez bonito na dublagem.

Eu morri de rir em várias cenas e me peguei sorrindo encantada em outras. E o mais legal: na cópia em 3D a cena das lanternas flutuantes ficou simplesmente maravilhosa. Fica a dica, corra para a sala mais próxima e confira o desenho, vale cada centavo do ingresso, 3D ou não (as duas versões estão disponíveis).

Li em algum lugar que esse seria o último longa da Disney. Estou torcendo pra que isso seja mentira afinal, quem é rei nunca perde a majestade né. E viva Disney e Pixar!

beijos

Um comentário:

Gabia disse...

leiloca, vc levou a helena pra ver o filme? quero saber o que ela achou! eu gostei bastante do filme, mas no fundo, no fundo, adoro as princesas clássicas.