Esta semana estávamos eu e Leila fofocando um pouco por telefone sobre filmes. Apesar de trabalharmos na mesma empresa, em salas coladas, nos cruzamos no máximo uma ou duas vezes por dia (isso é o que eu chamo de mundo corporativo).
Contei minha pretensão de escrever sobre o filme Closer, que eu tinha revisto recentemente (post abaixo) e ela disse que escreveria sobre Pequena Miss Sunshine, na hora que ouvi isso, me sobressaltei:
- Como assim você vai escrever sozinha sobre esse filme. Eu o assisti duas vezes só no cinema e mais umas três em casa, eu adoro a Miss Sunshine.
Após o meu surto, concluímos que valeria a pena escrever em parceria, o que eu particularmente adorei.
Eu classifico Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine/EUA/2006) como uma comédia com pitadas de drama. Os protagonistas fazem parte da família Hoover, composta por seis pessoas, que residem no Novo México, e tem como grande destaque a pequena Olive, uma garota de nove anos, interpretada por Abigail Breslin. O restante da família é composto por Sheryl (Toni Collete), mãe sensível que trabalha fora e tenta cuidar da casa, Richard (Greg Kinnear) pai sonhador que acredita ter escrito o melhor livro de auto-ajuda dos últimos tempos, Dawyne (Paul Dano), irmão da Olive que faz voto de silêncio, Frank (Steve Carrel), irmão de Sheryl depressivo e suicida, e por fim o senhor Edwin (Alan Arkin), pai de Richard, mora com a família por ter sido expulso de um asilo.
Tudo começa quando Olive recebe um telefonema com um convite para participar do disputado concurso da Califórnia, nomeado Pequena Miss Sunshine. Olive se empolga e decide que quer participar do concurso. A família não tem dinheiro para gastar com uma viagem de avião então decidem ir de carro, porém o veículo da Sheryl é muito pequeno e a única alternativa é utilizar a Kombi velha e amarela da família que só o pai consegue dirigir. O avô precisa acompanhar a neta pois criou a coreografia (um show a parte) que ela vai encenar no concurso, o jovem Dawyne não pode ficar só em casa e o tio corre o risco de tentar se suicidar novamente, logo toda a família cai na estrada.
Muitas são as trapalhadas que esse grupo apronta. Pra vocês entenderem um pouco, em uma das cenas cada um está tão preocupado com os seus problemas que esquecem a Olive em um posto de gasolina, enquanto a garota ensaiava sua secreta coreografia com o seu inseparável walk-man. Pequena Miss Sunshine não é uma comédia boba de uma família que transforma tudo em diversão. Pelo contrário, eles são estressados e mal-humorados e tudo o que querem é que a viajem acabe o quanto antes.
Bom, ainda não falei da metade e passo a bola para a Leila que terá a missão de traçar o perfil dessa família e um pouco sobre o concurso.
Então tá, agora é a Leila falando *rs concordo com tudo que a dona Bruna falou sobre o filme, mas o que faz de Pequena Miss Sunshine um primor é justamente as peculiaridades de seus personagens. Vamos começar com a mamãe Sheryl, adepta do " preto no branco, todos os pingos nos is" a verdade é que ela faz das tripas coração pra poder manter a família o mais normal possível ( missão impossível). Já o pai, Richard, se acha o guru da auto-ajuda e pensa que seu livro vai revolucionar o mundo, o discurso dele é sempre uma separação de perdedores e vencedores, perdedores dizem isso, vencedores aquilo e blá blá blá ... choque total quando ele cai na real e vê que o perdedor é ele, por não aceitar a família com seus lindos e interessantes defeitos. O Dwayne é um figura, quer ser piloto e por isso faz um voto de silêncio até conseguir, isso o isola um pouco da convivência familiar, seu melhor amigo é o bloco de anotações e na verdade pra ele a família é um saco. Na minha opinião um dos vários pontos altos do filme é quando ele descobre ser daltônico e que por isso nunca poderá pilotar! O que vinha guardado há anos de uma só vez explode e o menino vira uma bomba! Foi tanta emoção guardada, tanta raiva, tanta mágoa que no fim ele nem sabia se odiava mesmo a família ou se odiava a si mesmo por não se inserir nessa famíla.
Verdade seja dita, famílias são por natureza anormais, problemáticas e tem como especialistas em criar dores de cabeça e situações embaraçosas. E não há padrão, sua família pode ser composta por 2 ou 20 pessoas, os problemas são os mesmos, mudam de endereço, sotaque e personagens, só.
Quando o tio suicida chega ao lar doce lar da família Hoover descobre que tentou se matar por pouca coisa (coração gente, sempre ele). Na verdade quem deveria tentar isso era cada um dos membros daquela família. Levar um fora do seu aluno (sim eu disse aluno) não era nada comparado ao vovô viciado em heroína e aquela Kombi.
No meio disso tudo, a inocente Olive, que tem como maior sonho vencer o Concurso Miss Sunshine (só pra registrar, completamente ridículo, crianças se vestindo e agindo como mulheres) mas enfim, Olive consegue unir a família nessa deliciosa viagem e seguem todos para a Califórnia.
Enfim, lindo seria se todos nós ainda tivéssemos a inocência em sonhar, assim como a Olive, se todos acreditássemos ainda que vale a pena. Tenho amigos que dizem que acreditam, se isso for verdade sorte deles, mas o conselho é "carreguem a inocência da Olive até o fim dos dias".
O desfecho não foi como o esperado, mas o sonho foi, e muito bem realizado.
Ah, a Bruna pediu pra dizer que já ensaiou a coreografia do fim do filme. Se quiserem saber qual é, aluguem!
Contei minha pretensão de escrever sobre o filme Closer, que eu tinha revisto recentemente (post abaixo) e ela disse que escreveria sobre Pequena Miss Sunshine, na hora que ouvi isso, me sobressaltei:
- Como assim você vai escrever sozinha sobre esse filme. Eu o assisti duas vezes só no cinema e mais umas três em casa, eu adoro a Miss Sunshine.
Após o meu surto, concluímos que valeria a pena escrever em parceria, o que eu particularmente adorei.
Eu classifico Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine/EUA/2006) como uma comédia com pitadas de drama. Os protagonistas fazem parte da família Hoover, composta por seis pessoas, que residem no Novo México, e tem como grande destaque a pequena Olive, uma garota de nove anos, interpretada por Abigail Breslin. O restante da família é composto por Sheryl (Toni Collete), mãe sensível que trabalha fora e tenta cuidar da casa, Richard (Greg Kinnear) pai sonhador que acredita ter escrito o melhor livro de auto-ajuda dos últimos tempos, Dawyne (Paul Dano), irmão da Olive que faz voto de silêncio, Frank (Steve Carrel), irmão de Sheryl depressivo e suicida, e por fim o senhor Edwin (Alan Arkin), pai de Richard, mora com a família por ter sido expulso de um asilo.
Tudo começa quando Olive recebe um telefonema com um convite para participar do disputado concurso da Califórnia, nomeado Pequena Miss Sunshine. Olive se empolga e decide que quer participar do concurso. A família não tem dinheiro para gastar com uma viagem de avião então decidem ir de carro, porém o veículo da Sheryl é muito pequeno e a única alternativa é utilizar a Kombi velha e amarela da família que só o pai consegue dirigir. O avô precisa acompanhar a neta pois criou a coreografia (um show a parte) que ela vai encenar no concurso, o jovem Dawyne não pode ficar só em casa e o tio corre o risco de tentar se suicidar novamente, logo toda a família cai na estrada.
Muitas são as trapalhadas que esse grupo apronta. Pra vocês entenderem um pouco, em uma das cenas cada um está tão preocupado com os seus problemas que esquecem a Olive em um posto de gasolina, enquanto a garota ensaiava sua secreta coreografia com o seu inseparável walk-man. Pequena Miss Sunshine não é uma comédia boba de uma família que transforma tudo em diversão. Pelo contrário, eles são estressados e mal-humorados e tudo o que querem é que a viajem acabe o quanto antes.
Bom, ainda não falei da metade e passo a bola para a Leila que terá a missão de traçar o perfil dessa família e um pouco sobre o concurso.
Então tá, agora é a Leila falando *rs concordo com tudo que a dona Bruna falou sobre o filme, mas o que faz de Pequena Miss Sunshine um primor é justamente as peculiaridades de seus personagens. Vamos começar com a mamãe Sheryl, adepta do " preto no branco, todos os pingos nos is" a verdade é que ela faz das tripas coração pra poder manter a família o mais normal possível ( missão impossível). Já o pai, Richard, se acha o guru da auto-ajuda e pensa que seu livro vai revolucionar o mundo, o discurso dele é sempre uma separação de perdedores e vencedores, perdedores dizem isso, vencedores aquilo e blá blá blá ... choque total quando ele cai na real e vê que o perdedor é ele, por não aceitar a família com seus lindos e interessantes defeitos. O Dwayne é um figura, quer ser piloto e por isso faz um voto de silêncio até conseguir, isso o isola um pouco da convivência familiar, seu melhor amigo é o bloco de anotações e na verdade pra ele a família é um saco. Na minha opinião um dos vários pontos altos do filme é quando ele descobre ser daltônico e que por isso nunca poderá pilotar! O que vinha guardado há anos de uma só vez explode e o menino vira uma bomba! Foi tanta emoção guardada, tanta raiva, tanta mágoa que no fim ele nem sabia se odiava mesmo a família ou se odiava a si mesmo por não se inserir nessa famíla.
Verdade seja dita, famílias são por natureza anormais, problemáticas e tem como especialistas em criar dores de cabeça e situações embaraçosas. E não há padrão, sua família pode ser composta por 2 ou 20 pessoas, os problemas são os mesmos, mudam de endereço, sotaque e personagens, só.
Quando o tio suicida chega ao lar doce lar da família Hoover descobre que tentou se matar por pouca coisa (coração gente, sempre ele). Na verdade quem deveria tentar isso era cada um dos membros daquela família. Levar um fora do seu aluno (sim eu disse aluno) não era nada comparado ao vovô viciado em heroína e aquela Kombi.
No meio disso tudo, a inocente Olive, que tem como maior sonho vencer o Concurso Miss Sunshine (só pra registrar, completamente ridículo, crianças se vestindo e agindo como mulheres) mas enfim, Olive consegue unir a família nessa deliciosa viagem e seguem todos para a Califórnia.
Enfim, lindo seria se todos nós ainda tivéssemos a inocência em sonhar, assim como a Olive, se todos acreditássemos ainda que vale a pena. Tenho amigos que dizem que acreditam, se isso for verdade sorte deles, mas o conselho é "carreguem a inocência da Olive até o fim dos dias".
O desfecho não foi como o esperado, mas o sonho foi, e muito bem realizado.
Ah, a Bruna pediu pra dizer que já ensaiou a coreografia do fim do filme. Se quiserem saber qual é, aluguem!
Leila, você também confessou um ensaio, *rs.
Beijos para a misses que temos dentro de nós!
Bruna e Leila.