Histórias que prometem revelar os "segredos do Vaticano" me intrigam sabia. Gosto muito de ler sobre elas, me deixam com um montão de dúvidas e a cabeça com várias coisas pra pensar por dias. Mas, antes que alguém pergunte, odiei o "Código Da Vinci".
Esse interesse me levou ao cinema hoje (desculpa esfarrapada rs) para conferir O Ritual (The Rite, EUA 2011). Não esperava muita coisa não sabe, mas quando li a seguinte frase "baseado em fatos reais" meu coração se encheu de alegria !!
Michael Kovak (Colin O´Donoghue) decide virar seminarista pra não ter que continuar a trabalhar com o pai na funerária da família. Vocação ao celibato? Que nada, o plano era estudar 4 anos às custas da igreja e quando a hora de se ordenar padre chegasse cair fora. Papai contente, filhão esperto mais ainda, lá se vai Michael. Ao fim do período o moço pede pra sair mas recebe uma proposta. Fazer um curso sobre exorcismo no Vaticano.
Ainda não li o livro em que se baseia a produção ,"The Rite - The making of a modern exorcist, de Matt Baglio" mas pretendo fazê-lo logo. Enfim, houve uma época em que a igreja queria que todas as dioceses tivessem um exorcista. Por isso, resolveram ministrar um curso para exorcistas em potencial. Nesse bolo estava o moço Michael que sempre desconfiou disso por achar que as pessoas "possuídas", na verdade, sofriam de distúrbios psicológicos, e o jornalista Matt Baglio (que no filme virou a Alice Braga e ganhou o nome de Angelina). O livro é o relato do jornalista, de tudo o que ele viu e ouviu enquanto andou com os padres.
O jovem Michael é enviado para "trabalhar" com um padre nada ortodoxo e PHD em exorcismo. Hannibal Lecter, quer dizer Anthony Hopkins, dá vida ao Padre Lucas que vai ensinar os meandros da possessão, tentando quebrar o cetismo que acompanha o jovem e ajudá-lo a "descobrir" sua vocação. Não vou ser óbvia é dizer que Hopkins arrasou na caracterização do sarcástico e simpático padre.
O filme propõe um debate sobre a fé e deixa no ar a discussão sobre a maldade , que é vista como obra do diabo, e que na verdade é intrínseca ao ser humano. É claro que o filme tem alguns clichês (como todos do gênero) mas entre mortos e feridos a produção se salva viu. Nada de cabeças girando, violência ou coisa do tipo. O que temos é um bom suspense que prende do início ao fim. Bons diálogos e uma fotografia interessante também.
O longa do diretor sueco Mikael Häfström é honesto e não subestima a nossa inteligência, respeita o público. Se você gosta do gênero vale a pena conferir. Se estiver receoso pois não gosta de sustos pode ir também. Você não vai pular mais que uns 3 palmos da cadeira (brincadeirinha!!).
beijo
beijo