13 de fevereiro de 2010

Clooney no ar

Amor sem escalas (Up in the air,2009),recebeu 6 indicações ao Oscar, entre elas melhor filme e ator.O diretor Jason Reitman traz ,ao que seria mais uma comédia romântica, ingredientes que fizeram desse filme digno dos elogios que recebeu. Já George (sonho de consumo de 10 entre 10 mulheres) interpreta mais um quarentão ultra charmoso mas nesse caso com uma diferença: Jason Reitman que soube extrair uma melancolia e tristeza do ator.

Ryan Bingham (Clooney) é o cara contratado pelas empresas para demitir seus funcionários. Extremamente metódico, avesso à relacionamentos e totalmente desapegado , sua única ambição é ser o 7º passageiro a acumular 10 milhões de milhas na companhia aérea. O moço passa 90% do ano voando pra lá e pra cá, entre demissões e quartos de hotéis. Sua vida muda depois que é obrigado a carregar consigo a nova contratada da empresa onde trabalha, a jovem Natallie (a ótima Anna Kendrick) cheia de ideais e sonhos. Daí pra frente é lidar com a jovem impetuosa e com o interesse que Alex (Vera Farmiga) lhe desperta. Sua versão feminina, é alucinada por cartões e milhas aéreas também.

Em suma é isso, mas o filme trata de um assunto mais, digamos, sério: solidão. Na verdade tudo gira em torno desse sentimento, todos os passos de Ryan são direcionados por isso é eu confesso ser bem angustiante quando nos damos conta de que o protagonista realmente acredita em suas palestras que dizem que relacionamentos, de qualquer jeito, são extremamente dispensáveis.

O longa traz um pouco do cinismo de "Obrigado por fumar" e a inocência de "Juno" também dirigidos por Reitman e se engana quem pensa que é mais um filme de Clooney charmosão e vazio. Na pele do protagonista ele passa bem o vazio do personagem, a alegria quando lhe é dada uma segunda chance e o desespero quando as coisas não dão certo. Humor na dose certa com pitadas de sarcasmo.

Não acho que leve a estatueta de melhor filme ou ator mas vale muito a pena conferir. É daqueles de deixar a gente pensando depois, em nossos relacionamentos ou nosso isolamento, as pessoas (ou a falta delas) e dá até uma tristezinha ao sair da sala. Depois de muito pensar resolvi classificá-lo aqui no Cineopses como drama. Vocês também terão dificuldade em encontrar uma categoria para a produção.

As duas atrizes também indicadas para o prêmio de coadjuvantes , são grandes achados. Uma já vem fazendo sua história de longa data. Vera Farmiga já brilhou em "Os infiltrados" também lembram? Era a psicóloga que teve um caso do DiCaprio e a outra, Kendrick, é o que melhor surgiu da saga Crepúsculo (a amiga da protagonista). A mocinha tem futuro.

Jason Reitman também está deixando sua marca com filmes leves , gostosos de assistir mas cheios de questões delicadas, contadas de uma forma "jeitosinha". Quem ver, a primeira impressão é que se trata de mais uma comédia romântica. Se baixar a guarda vai ver que é só uma história atraente pra chamar nossa atenção pra um fato triste: estamos cada vez mais sós. No fim das contas, é sim um filme triste e riquíssimo em mensagens. Indico!

beijos

12 de fevereiro de 2010

Oscar 2010: A missão

Caros leitores e fiéis seguidores dos devaneios "cinemísticos" desse blog, vocês vão viajar no feriado!?
Pergunta besta mas com fundamento! Se algum de vocês, assim como eu, vai ficar em Sampa no feriadão, aí vai um convite pra curtir os dias de folga: Que tal embarcar na missão Oscar 2010!?

Explico: A premiação será no dia 7 março, desta vez 10 indicados ao prêmio mais esperado da noite, o de Melhor Filme. Pra não fazer feio nos palpites e almejar o prêmio do bolão (sim, eu faço bolão do Oscar) nada melhor que correr para a sala mais próxima e conferir as produções. O que me dizem!?

Não sei vocês mas eu estou super dentro empenhada e , para ajudar os interessados, aí vai a lista dos indicados a Melhor Filme e um link bacana pra conferir as salas e horários de exibição. Lembrando que nem todos conseguiremos ver no feriado mas, por outro lado, alguns já estiveram ou estão em exibição.Mesmo assim, a missão é árdua e exige esforço ,suuuuper prazeroso por sinal!

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Um Sonho Possível
Distrito 9
Educação
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Preciosa - Uma História de Esperança
Um Homem Sério
Up - Altas Aventuras
Amor sem escalas

No site do cineclick www.cineclick.com.br é possível conferir as salas e horários de exibição além de um hotsite bacana sobre a 82ª edição do Oscar.

É isso, ótimo carnaval, juízo e bom divertimento turma!
beijos

5 de fevereiro de 2010

Sherlock Downey Jr. Holmes

Com muito, mas muito atraso mesmo (por conta de uns amigos furões aí) eu fui ver o Sherlock Holmes (Sherlock Holmes, 2009) e na minha modesta opinião há tempos não se fazia um filme tão , digamos, movimentado sobre o detetive.

Longe de ser o personagem taciturno criado por Arthur Conan Doyle, o detetive de Robert Downey Jr. não resolve seus casos apenas fumando seu cachimbo e se valendo de seu extraordinário poder de dedução. O novo Sherlock sabe lutar, passa na mente todos os golpes antes de aplicá-los e tem um charme pra lá de irresistível.

Eu confesso não saber muito do personagem dos livros, não acompanhei as publicações mas isso não foi problema. Me apaixonei pela produção. A trama conta a jornada do famoso detetive londrino para resolver um possível caso de uso de magia negra. Inusitado para nosso herói já que , mais do que ninguém, ele é um cara completamente lógico, que se baseia em fatos apenas. Magia!? Nem pensar. Isso sem contar o fato de ele estar bem chateado pelo fato do seu fiel escudeiro estar prestes a se casar. Isso mesmo, nosso caro Watson vai abandonar Sherlock por uma vida pacata de casado.... será???

Com pitadas cômicas e muita competência do elenco, Guy Ritchie (aquele mocinho ex da Madonna, lembram??) consegue trazer pras telas todo o charme da Londres e ainda manter a sua marca registrada. Aquele ritmo incessante, estética frenética e muito (mas muito mesmo) sarcasmo.

Esse Sherlock, como eu disse, é bem diferente dos livros mas o poder de dedução se mantém ok, apesar das engenhocas usadas, escapadas fenomenais e as tiradas incríveis.

Jude Law convence e surpreende no papel de Watson, sabe lutar também e incorpora o jeitinho “sou bonzinho mas quero ser mal” do personagem.O doutor saiu da sombra do detetive há muito tempo! Rachel McAdams brilha como uma malandra amiga e dona do coraçãozinho do nosso herói. Enfim, o filme está recheado de personagens ótimos.

Ah, além disso tudo tem também o irresistível sotaque britânico do Robert, que empresta uma cara caricata ao Sherlock, vemos um cara meio perdido e extremamente simpático. Nada de prepotência ou “sei tudo, não me questione”. Os mais fãs vão ficar aguardando o habitual e famoso “elementar meu caro Watson”. Sinto desapontá-los mas esse jargão não será ouvido por nós , mesmo porque eu acho que isso em coisa do Herbert Ritchers né rs!

Super indico, mas aviso: não vá esperando coerência e semelhança literária ok. É diversão no melhor estilo blockbuster americano.

Ah, viva Guy Ritchie solteiro rs!

beijos