19 de agosto de 2009

Frost X Sarney... será que rolaria?

É fato que nós como eleitores e cidadãos já não botamos fé na política brasileira. Pior ainda, a gente só ouve falar de barbaridades e nem se abala mais. É triste mas não sei também o que poderia ser feito para que isso fosse diferente.
Vamos lá, no domingo estava querendo repetir alguma película. Estava muito cansada e não queria pensar muito sobre que novidade incluir em meu arquivo cerebral, então optei por um filme repetido mesmo.
Olhando meus filhotes me lembrei do sotaque fabuloso de Michael Sheen. Não era hora para vê-lo de lobisomem (não que eu não goste - adooooro) então fui pra uma coisinha mais...
séria!

Enfim, lá estava eu acompanhando a entrevista do século (pode dizer que é exagero, eu aguento) Frost
/ Nixon (Frost/Nixon, EUA/ Reino Unido e França, 2008) . Tudo bem que, na época do Oscar esse filme foi cansativamente explorado, o diretor Ron Howard exageradamente louvado, mas ele ainda não tinha pintado por aqui né. Nada melhor que uma história dessas em tempos de atos secretos no nosso super transparante senado.

Pra quem ainda não sabe, eu adianto a história. O filme foca a entrevista que o apresentador inglês David Frost (Michael Sheen) fez com o então
mais novo ex-presidente americano Richard Nixxon (Frank Langella) .O moço havia renunciado há três anos, se mantido em silêncio apesar de toda revolta do povo, das acusações de que ele havia rompido com o modelo de governo americano e blá blá blá. Tinha também a questão de Watergate que ainda estava sem explicação. Um belo dia, no verão de 1977 nosso simpático Frost decidiu que entrevistaria Nixon. Lembrando que o presidente era um cara sábio, habituado a dar entrevistas para os mais diversos jornalistas , então quando Frost fez o convite ele nem se preocupou ou sequer imaginou que passaria por qualquer saia justa. Afinal, era "apenas" um apresentador inglês. Na verdade nem a equipe de Frost, estava botando muita fé no cara. Afinal ele era bom com a platéia e não em colocar gente grande contra a parede!

A verdade é que, quando a câmera foi ligada uma batalha se travou entre esses dois "monstros". Cada um foi se revelando, incertezas, certezas, medos, desconfortos, enfim uma infinidade de coisas e no fim, para surpresa de todos, Frost conseguiu revelar um Nixon que nenhum outro havia conseguido mostrar.
Mas vamos aos fatos. Na equipe de Frost havia um escritor americano que já tinha publicado 4 livros sobre o presidente. Normal. Ele era o responsável pelas pesquisas sobre Nixon, sobre a política adotada, os atos e tudo mais. Eu fiquei até com vergonhas quando vi a paixão com a qual o James Reston (Sam Rockwell) fala sobre a política instaurada em seu país. A vontade do cara é matar o Nixon, ele estava simplesmente revoltado com o fato do presidente ter envergonhado o sistema político americano.

Mal sabia ele que, certo sr. Bush ainda viria a envergonhar ainda mais a nação americana. Enfim, o cara revoltado com isso e a gente nem se espanta com as barbaridades dos nossos governantes por aqui.

Caracas , por isso a minha vergonha, como foi que chegamos à esse ponto? O pior é que, nem sequer conseguimos ânimo para pensar em revolta... perdemos completamente a fé e a esperança na restauração da política brasileira. Uma pena já que nosso País é um lugar sensacional. Não temos tragédias naturais (salvo algumas) porque as tragédias são eleitas a cada quatro anos né, vão direto se sentar nas cadeirinhas confortáveis do senado, das prefeituras, das câmaras... imaginem!

Será que o Sarney em frente ao Frost, revelaria finalmente toda a podridão do senado? Será que o Frost seria tão perspicaz ao ponto de arrancar algumas verdades do cara de pau do Sarney? Será que ao menos, ele teria a decência de se sentir desconfortável com alguma questão?
Sei lá, mas do jeito que a coisa anda, nem um super David Frost conseguiria nada dessa corja... triste, mas verdadeiro.
Esse é só um aspecto interessante do filme gente boa, eu vou ser repetitiva e dizer que super vale a pena conferir.

Ah, mais uma coisa, os atores nos papéis principais são os mesmos que fazem a peça que leva o mesmo nome. E esclarecendo, o Michael Sheen não tem qualquer parentesco com o Charlie Sheen rs rs rs

beijocas

3 de agosto de 2009

O cineopse dá a dica!

E vejam só que engraçado, a gente está careca de saber que, filme americano aqui bomba! Não importa se é ruim ou não, bastou enrolar a língua que vira sucesso. Diante disso, muita coisa boa nacional acaba passando em branco por aqui.
Os mais atentos e de mente mais aberta vão se lembrar do levante do cinema tupiniquim. Produções que começaram a dar um sinal do que estaria por vir nas nossas telinhas. Quem se lembra de Carlota Joaquina (1995) sabe disso. Já era um aviso de que estávamos entrando nos eixos e nos preparando para conquistar novos fãs.

E de lá pra cá a gente só cresceu.As produções melhoraram,diretores surgiram,atores foram descobertos, roteiristas de destacaram e fomos nos tornando "experts" na arte de contar histórias.
Mais legal que ver o filme, é saber o que e quem o faz. Juro que isso não é coisa de nerd ou gente mala! Todo o processo, da criação até o lançamento, é super interessante, é encantador, parece até outro mundo. Por isso eu sou uma apaixonada declarada pelos "extras" dos filmes. Bastidores então, nem me digam... fazem minha cabeça!

O universo do filme "O contador de histórias" (O contador de histórias, Brasil 2009) estará em exposição no Shoppping Pátio Higienópolis, em São Paulo. Deixa eu explicar. No pátio do shopping objetos usados em cena pelo elenco da produção, estarão ali para quem quiser ver. Será um grande set de filmagem, um deleite para os olhos dos cinéfilos.O filme conta a história de Roberto Carlos Ramos (Marco Ribeiro,Paulinho Mendes,Clayton Santos) , que aos seis anos foi deixado pela mãe em uma entidade assistencial recém criada pelo governo. Considerado um menino de rua irrecuperável, Roberto Carlos se transformou em um dos dez melhores contadores de histórias do mundo.

A realidade das casas de recuperação no Brasil a gente conhece e , por isso, nem é preciso dizer que o tempo que ele passou lá fez com que o nosso pequeno protagonista perdesse completamente as esperanças. A propaganda na tv dizia que a casa de recuperação preparar as crianças para serem médicos, advogados e engenheiros. Acreditando nisso, a mãe do menino achou que estava fazendo o melhor pelo seu filho.A história foi completamente diferente.

Contudo, para a pedagoga francesa Margherit Duvas (Maria de Medeiros), que vem ao Brasil para o desenvolvimento de uma pesquisa, Roberto representa um desafio Determinada a fazer do menino o objeto de seu estudo, tenta se aproximar dele. O garoto em princípio reluta, mas, depois de uma experiência traumática, procura abrigo na casa de Margherit.O que surge entre os dois é uma relação de amizade e ternura, que porá em xeque a descrença de Roberto em seu futuro e desafiará Margherit a manter suas convicções.

O filme tem direção de Luiz Vilaça e é baseado na história do mineiro Roberto Carlos Ramos. Quem quiser saber um pouquinho mais sobre ele, pode acessar o site http://www.robertocarloscontahistoria.com/ , o cara tem um trabalho muito bacana. A produção do filme é assinada por uma grande e querida conhecida do público brasileiro , Denise Fraga, que inclusive já trabalhou com Luiz Vilaça no engraçadíssimo "Cristina quer casar". O contador de histórias foi rodado em Belo Horizonte, São Paulo, Paulinia e Portugal e tem a participação super especial da atriz franco -portuguesa Maria de Medeiros. Agora a história do contador de histórias será contada por uma turma muito competente, só gente grande.

O filme entra em cartaz em todo país no dia 07/08, mas a dica é: matem a curiosidade antes da estreia. Assim fica até mais gostoso reconhecer os cenários. Eu garanto que será uma deliciosa viagem ao mundo de uma produção com gostinho de realidade.

Exposição “O Contador de Histórias”
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618.
Local: Piso Higienópolis – Entrada principal
Data: de 01 a 13 de agosto
Horário: de segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos das 12h às 20h
Entrada gratuita

Me contem depois!

beijos