19 de novembro de 2009

Anticristo.... evite quem puder

Uma amiga me ajudou a perceber que não há críticas negativas neste honorável blog. E não é que ela tem razão! Engraçado que isso passou e nem eu ou minha sócia percebemos isso. Não que tudo o que vemos nos agrada, longe disso, há muito o que escrever sobre filmes ruins (em nossa modesta opinião of course). A Bruninha já começou com o filme sobre a Chanel, agora é minha vez!
Já sei que muita gente vai discordar mas esse é um espaço democrático e ponto final. Fiquei super ansiosa para ver o último trabalho do diretor Lars Von Trier, o polêmico Anticristo (antichrist , 2009). A curiosidade era ainda maior pois o filme gerou muito falatório, barulho e assim por diante.

Por fim, cheguei ao cinema e quase não podia conter a animação de finalmente entender o que causava tanto blá bláblá quando , ao sair da sala, e dei conta de que não havia gostado nem um pouco da produção.

Os defensores de Lars podem até dizer que ele é polêmico, que suas obras fogem do senso comum e etc. Concordo. Fui ciente de quem é Lars, sua filmografia, seu estilo, tudo isso pesa na hora do julgamento, mas não teve jeito. É um filme que não recomendo a ninguém, agressivo, sem muito sentido, pertubador, enfim, uma obra que podemos muito bem viver sem.

O mote é um casal que se isola quando seu filho morre. No meio disso tudo, eles vão pra uma cabana no meio do nada. As atuações do casal Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg são louváveis, perfeitas, mas isso não faz do filme algo bacana.

Eu juro que terminei de ver e fiquei com a sensação de não saber de onde veio ou pra onde vai a produção. Não me disse nada. Li algumas críticas depois pra tentar achar algum sentido mas sem acordo, nadica de nada.

Enfim, pra mim é um filme que não vale o ingresso. Me perdoem os que gostaram. Terapia já para o senhor Lars. Eu que já era meio relutante quanto às obras desse cidadão, agora penso 3 vezes antes de conferir qualquer coisa dele. Isso é uma prova de que nem sempre o nome forte do diretor salva sua produção. Nome nem sempre é indicativo de qualidade.

beijos

11 de novembro de 2009

This is it

Eu assumo que só consegui ver esse filme nesta semana, vergonhoso mas é verdade fiéis leitores. Mas como dizem: antes tarde do que nunca rs.
Fui arrebatada pelo filme "This is it" (This is it, EUA 2009). O diretor Kenny Ortega sabiamente avisa antes de tudo que essa produção é especialmente para os fãs do astro pop. Sem pretenções de ser um super filme, um presente para aqueles que tiveram suas vidas embaladas por canções de Michael Jackson, que já tentaram imitar a coreografia de Thriller, ou os gritinhos marcantes do cantor.

Enfim, é um documentário que mostra os ensaios que seria uma série de 50 shows que o cantor faria, seus últimos shows segundo o próprio. Durante os 111min. de exibição a gente se delicia com as canções, todas mostradas na ordem que ele costumava usar em seus shows, algumas com roupagens novas e sai com a certeza de que o mundo da música perdeu um gênio.

Eu confesso que, por vezes duvidei que ele levasse esses 50 concertos adiante, afinal estava habituada a ver um Michael frágil, sem dançar há muito tempo e bem distante daquele dos áureos anos 80. Me surpreendi quando vi que o vigor era o mesmo, as performances tão empolgantes quanto antes, a voz tão marcante e os passos solos... meu Deus sem comentários.

Fora que a genialidade dele era vista nos detalhes, desde os fogos que fariam os espetáculo no palco, os clipes que seriam transmitidos até as notas diferentes de suas canções, afinal, Michael conhecia como ninguém sua obra.Digo sem medo que é um presentão para os fãs, que vale ver e rever, depois comprar e guardar pra ver outras vezes. Como diriam os maestros , Michael tinha ouvido absoluto (em meio ao som de todos os instrumentos, ele ouvia uma notinha fora do tom e madava parar tudo). Humilde, escolheu cada dançarino, montou as coreografias, mudou as músicas, pensou no cenário, na recepção, no que agradaria mais seu público, enfim... fazendo jus ao título de King of Pop.

A parte ruim é que a gente sai da sala meio abalado, afinal não ouviremos ao vivo o baixo empolgante de Billie Jean, a sinfonia de Earth Song, as vozes que arrepiam em Man in the Mirror ou a guitarra alucinante de Black and White. Já saímos com a certeza de isso já é parte do legado deixado pelo rei, que se foi precocemente deixando uma geração inteira saudosa. Eu , por enquanto, continuarei tentando aprender a coreografia de Thriller.

He was that and much more.

beijos


7 de novembro de 2009

Coco merecia mais


Faz tempo que não apareço por aqui.

Mas vamos lá, hoje serei breve e a minha proposta é postar textos menores e mais objetivos, assim não fico completamente ausente.

Fui assistir cheia de empolgação e expectativa o filme Coco antes de Chanel (Anne Fontaine/2009/França) e o que eu esperava era um grande filme sobre uma grande história. O que eu encontrei foi uma grande história para um filme.

Gabrielle Chanel é referência quando se fala em moda, inclusive para os leigos. Quem não conhece a história dela já ouviu falar com certeza do império Chanel e dos altos custos dos produtos da marca. Pois bem, pra mim, essa mulher que não nasceu em berço de ouro, é muito mais que isso: ela permitiu estilos jamais pensados na época (estamos falando de 1920), trouxe mais liberdade na vestimenta feminina e criou modelitos que até hoje estão em alta. Ou seja, ela não copiava, e sim criava, com todo o bom gosto que tinha.

Mas o filme é bastante limitado e mostra apenas uma coitada que por falta de dinheiro improvisava modelitos e teve a sorte de encontrar um homem rico que a ajudou com sua primeira loja. Alguns trechos até são interessantes, exemplo em uma viagem que ela faz para praia e vê pescadores com blusas listradas, ela traz esse estilo para o dia a dia e talvez tenha sido pioneira no que chamamos hoje de modelo marinheiro.

É isso pessoal, essa foi minha impressão. Aguardo comentários.

Bjos
Em tempo, como sempre a Audrey Tautou mostra a que veio e na minha modesta opinião ela é uma das melhores atrizes no momento.