28 de fevereiro de 2011

ChatOscar 2011

Boooooring! Fui dormir com muita raiva por ter perdido algumas preciosas horas de sono vendo a 83ª premiação da Academia. Acho que não dava para ficar mais chato, só mesmo se o filme A Rede Social levasse todos os prêmios! (daí eu ficaria p*$%¨## da vida). Não entendo o que acontece com essa turma viu. Qual o medo dos organizadores em ousar um tiquinho!?

Bem, isso é o que eu achei:


* O Colin Firth super mereceu prêmio de melhor ator afinal, o carequinha já vem flertando com ele tem um tempinho. Ele novamente provou ter muita competência.


* A Natalie Portman sem comentários. Gostei também, já estava na hora da moça ser agraciada.

* Direção para o Tom Hooper??? PELOAMORDEDEUS!!! Cadê o reconhecimento da genialidade do Chris Nolan!? Até o David Fincher merecia mais que o Tom Hooper. Enfim...


* Christian Bale está ótimo em O Lutador, mereceu a estatueta (apesar de eu não gostar muito dele né) e a Melissa Leo está numa fase ótima, boa escolha também. Se bem que o Rush .....

* Roteiro original.... acho que foi o erro que mais me irritou na noite. O nome já diz, o-ri-gi-nal. Entre os concorrentes nada transmitia mais originalidade que Inception. Nada era mais bem amarrado, mais inteligente e mais genial que esse roteiro. Vai ver "original"mudou de sentido e eu não estou sabendo né.

E essas são só algumas das minhas revoltas com a premiação viu. Essa edição foi um festival de injustiças. Acho que deve haver alguma cartilha com o abc do Oscar. Pode ver, tem alguns filmes que tem a cara da estatueta. O Discurso do Rei é sim um bom filme, mas nada mais que isso. Segue o script, é equilibrado, não traz nada de inovador.

Já saquei que os organizadores são completamente contra o pop! Tem que ser aquilo ali sempre. Tá ficando chato gente! A cerimônia do Globo de Ouro foi infinitamente mais atrativa que a do Oscar. A começar pelo anfitrião.


Tá bom, eu aplaudi a iniciativa de um casal jovem, bonito e teoricamente simpático (não vejo nada de simpático no James Franco) para renovar a grande noite. Infelizmente a tentativa falhou. Eles estavam mais perdidos que cegos em tiroteio, as piadas não colaram e aquele arzinho de "putz tudo que eu falo é muito engraçado" do Franco não convenceu. Volta Billy Crystal!!!


O forte da noite foi mesmo a presença de Kirk Douglas. Esse sim, no auge dos seus 94 anos mandou bem nos comentários, emocionou a platéia e fez bonito lá em cima. Quem sabe no ano que vem né Kirk!?


Me desculpe quem concordou com todos os prêmios tá, sem ressentimentos. Na noite de ontem uma coisa me deixou esperançosa: Quem sabe a Gwyneth Paltrow não desiste mesmo de atuar e se enverede pelos bosques das escalas musicais né? Ela mandou até bem cantando ontem, melhor que atuando diga-se de passagem. Quem sabe, quem sabe...

beijos

22 de fevereiro de 2011

Não me abandone jamais

Quem me conhece sabe que eu tenho um fraco por coisas tristes. Filmes tristes, músicas tristes, pessoas... acho a tristeza uma coisa bem interessante.Vai ver por isso toda a vez que indico um filme ou música pra meus amigos, eles sempre me perguntam "é triste? eu vou chorar? Tô ficando óbvia já.

Se você não quer chorar litros e quer passar longe de sofrimento, corra de Não me abandone jamais (Never let me go, 2010). Agora, se você quer pensar sobre vida,morte e o papel de cada um na sociedade, essa é a melhor pedida. São 103 minutos de sofrimento, introspecção, choro e muito drama.

O filme, baseado no romance homônimo de Kazuo Ishiguro, acompanha a vida de três britânicos, Ruth, Kathy e Tommy num colégio interno no interior do país. Lá, a disciplina
é rígida. Eles têm que comer bem e se exercitar muito para manter o corpo saudável.

Kathy (Carey Mulligan, ótima) desde pequena é apaixonada por Tommy
(Andrew Garfield). Ruth (Keira Knightley) vendo que pode sobrar no grupo,trata logo de conquistar o garoto para não ficar sozinha. São crianças tristes e extremamente disciplinadas, que vivem relativamente bem até que uma professora revela o que lhes aguarda. Estão sendo criados apenas para doarem seus órgãos futuramente aos que ficarem doentes. Mesmo com tudo isso os três seguem amigos, e deixam o internato aos 18 anos.

O filme não se aprofunda nas questões éticas da doação de órgãos, o foco mesmo é o triângulo amoroso dos protagonistas. É uma história de amor, traição, redenção e perdão. A direção de Mark Romanek (de Retratos de uma obsessão) e se manteve fiel ao livro (que é ainda mais forte, se puderem leiam que vale a pena!)

O trio consegue passar a atmosfera do colégio e toda a angústia pelo futuro nada promissor.Eu confesso que não sou nada fã da Keira e (de novo!) não vi nada de especial na atuação dela. Não entende o auê em torno dessa moça.Destaco a participação de Mulligan. Para mim uma das melhores novas atrizes da atualidade.

O filme tem estreia prevista no Brasil para 18 de março. Antes de ir verifique se há lenços suficientes na bolsa. A produção levou o prêmio de Melhor Atriz (Mulligan) e foi indicada a melhor Filme, Diretor, Roteiro, Ator Coadjuvante e Atriz Coadjuvante do British Independent Film Awards.

Veja, se derrame e depois me conte.
beijos